quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Asteróides – Uma Pedra No Sapato das Grandes Potências Espaciais

Ilustração de Sistema de Propulsão para mudança de trajetória de asteróides


Tudo parecia tranqüilo, mas o silêncio dos corredores, das principais agências de inteligência e espaciais, foi quebrado pelo estalar da sola dos sapatos dos cientistas, numa correria sem proporções, para encontrarem uma solução eficiente para afastar as rochas espaciais que ameaçam a vida na Terra.

A NASA já declarou publicamente sua preocupação na semana passada (Segundo a NASA não são tantas, mas tem algumas bem grandes), com mais uma de suas “conferências” subjetivas e quase sempre atrapalhadas, com explicações que confundem mais do que, efetivamente explicam o que está acontecendo, sem falar das respostas as perguntas apresentadas aos cientistas, que sempre deixam um "vácuo" no ambiente.

Agora, me parece que este assunto, está se tornando base de preocupação de muitos e que está causando uma espécie de “corrida espacial meteorística”. Como para todo entendedor do assunto meia palavra basta, parece que já entendemos que está pedra já está no sapato de muita gente inclusive nós.

Veja abaixo notícia veiculada pelo portal Voz da Rússia:


Propulsor para Asteróides, Apófis e Políticos

A Rússia está desenvolvendo um propulsor a jato para mudar as órbitas de asteróides que possam atingir a Terra. "Sua construção vai avançando conforme o cronograma previsto" – anunciou o acadêmico Anatoli Koroteev, diretor-geral do Centro Científico Keldich. Em 2012, deverá acabar o projeto preliminar, estando os ensaios terrestres previstos para 2015. 

O sistema estará integrado por uma usina nuclear pequena acoplada a um propulsor de plasma elétrico. As áreas de uso de tal equipamento podem variar muito: desde repulsão de asteróides até rebocamento de satélites.

Já se sabe de quase 20 métodos propostos para serem usados na luta contra asteróides. Pode-se, por exemplo, afastar o objeto perigoso da Terra por um “trator gravitacional” ou por uma “vela solar”. Pode-se também fazer mudar levemente o vetor de movimento pelo choque de um engenho de ação cinética. Aconteceu, por exemplo, com o núcleo do cometa Tempel, no qual bateu em 2005 uma esfera de cobre de 370 quilos voando a uma velocidade enorme.

Ideias das mais diversas estão sendo cogitadas nos Estados Unidos e na União Europeia.

Na Rússia está sendo preparado um documento intitulado “Concepção para Desenvolvimento de Sistemas contra Ameaças Espaciais”, o qual poderia constituir a base de um programa federal respetivo." A Agência Espacial Federal da Rússia (“Roskosmos”) confiou sua elaboração ao Instituto de Astronomia da Academia Nacional de Ciências – diz Lidia Rikhlova, diretora de um departamento desse Instituto". E continua:
  
As ameaças espaciais são somente três: o perigo de asteróides, o lixo cósmico e as explosões solares. Pois, nossas missões são as seguintes: a detecção e o monitoramento, a criação de um centro único e de um sistema de avaliação dos riscos a permitir julgar cerca do grau de perigo do objeto suspeito. E, claro, um sistema de contra-ação

Tal programa decenal, incluindo uma base de observações espacial, não deverá custar tão caro assim, segundo o critério da época. Será oficialmente apresentado este ano, tendo sido já orçado no nosso país em pouco mais de 2 bilhões de dólares a serem distribuídos por 10 anos.  

O perigo de asteróides surgiu como tema de umas conversas sérias em 2004, quando foi descoberto Apófis, com um diámetro variando, segundo diversas estimativas, entre 270 e 350 metros. Umas primeiras previsões indicando que aquele asteróide poderia impactar contra a Terra em 2029 com uma probabilidade de 1 por 37 quase provocaram um pânico geral. Mais tarde, porém, os astrônomos detalharam seus cálculos dizendo que no ano 29 nada vai acontecer, com certeza, mas 7 abis depois poderia o asteróide chocar-se com a Terra, caso durante sua aproximação anterior tivesse caído em uma corredor gravitacional muito estreito com um diámetro de apenas 800 metros. As chances de que tal acontecerá são absolutamente desprezíveis: 1 por 250 mil. É menos provável ainda a hipótese de choque: 1 por 333 mil na aproximação máxima seguinte da Terra a ocorrer em 2068 

Mas, por estranho que possa parecer, as conversas no sentido de representar Apófis uma ameaça, foram reacesas com redobrada força. Agora, são já os políticos a bater nessa tecla. Isso porque as potências espaciais querem sempre vangloriar-se das suas conquistas espaciais, passando o tema do combate ao perigo de asteróides a ser encarado como uma questão de prestígio – comenta Lidia Rikhlova. E resume:
  
Quanto ao aspeto político, tal existe mesmo, é claro. E não somente político. Nos relatórios anuais elaborados pela NASA, os Americanos insistem abertamente na ideia de que quem manda no Cosmo, manda também no nosso mundo. Porque são tecnologias de duplo uso.

Daqui ao final do século, a Terra não enfrentará, o mais provável, a ameaça de colisão com corpos celestes de mais de cem metros de diámetro. Com menos de uma centena de metros, isso é possível. O problema mais difícil consiste em poderem tais corpos ser detectados a apenas umas semanas ou mesmo dias de sua aproximação da Terra. O problema, portanto, só poderá ser resolvido com uma construção total de uma rede internacional de notificação sobre o perigo de asteróides.


Colaboração: Abreu – Divisão de pesquisas do PQA
Texto de introdução: Gério Ganimedes


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