USS Enterprise (NCC-1701)
Por
Gério Ganimedes
Desde
muito, Marte guarda incontáveis mistérios, que mesmo com as inúmeras fotos obtidas
pelas sondas de solo e orbitais, enviadas em missões de exploração do planeta
vermelho, a NASA aparentemente não conseguiu desvendar, pelo menos é o que nos
dizem. As diretrizes de apontar planos de voos espaciais para o planeta
vermelho continuam anotadas nas pranchetas de todas as agencias espaciais das
grandes potências tecnológicas, mas porque Marte? Os planos de pesquisas do
solo marciano são quase uma aventura nostálgica dos filmes de ficção. Os
primeiros planos reais de voo tripulado para o Marte remontam o final da década
de 60, no século passado, entretanto, a humanidade continua com a ideia fixa de
aventurar-se com tripulações para quem sabe finalmente “descobrir” o que talvez já saibam que exista, no meu ver seria
mais uma colonização do que propriamente uma aventura de reconhecimento.
Desde
o início da era espacial ficou claro, que os motores de base química não são
suficientes para realizar voos a outros planetas, eles são, entretanto, usados até
hoje, com base em combustível sólido/líquido que têm características, tanto
técnicas, como econômicas de baixo custo. Diante de um esgotamento do potencial
dos motores de propulsão, com propelentes químicos, o plano de atingir planetas
distantes fica quase que apenas na vontade e na ânsia terrestre de sair daqui. Esta
limitação tecnológica nos impõe restrições nas dimensões dos veículos lançados
ao espaço, o que nos permite apenas lançar aparelhos espaciais de pequeno porte
e com pouca massa, nas imediações de nosso sistema solar. Mas a ciência avança,
e com ela, os planos de criar um motor de propulsão nuclear, tornam-se viáveis,
permitindo assim, ampliar consideravelmente, as nossas possibilidades de
exploração tanto do sistema solar, como até mesmo para muito além.
Dispositivo
de propulsão nuclear, ou motor térmico nuclear é um projeto estudado há mais de
meio século, iniciado pelos cientistas soviéticos e continuado, agora, pelos
russos. Nesta corrida por novas tecnologias para o espaço, os EUA também têm,
apesar de crises no setor aeroespacial, desenvolvido pesquisas semelhantes.
Atualmente existem dois tipos de motores térmicos nucleares - o chamado de impulso (em que a propulsão resulta de
explosões sucessivas de certas quantidades do combustível nuclear) e o de reação, entretanto, após exaustivos testes,
os motores nucleares de impulso foram classificados como insuficientes para a
proposta de viagens de longa distância no âmbito espacial. Os protótipos iniciais
dos motores térmicos reativos de propulsão foram produzidos em meados da década
dos 1960. São os catalogados RD-0410 da URSS, e o NERVA (da para fazer até trocadilho, porque será?)
dos EUA. Ambos os motores tinham o mesmo princípio de independência e funcionamento.
O núcleo do reator nuclear entra em um processo de aquecimento e cria atração
ao ser liberada à energia controlada, no entanto esses motores só funcionaram
na Terra, devido ao seu alto risco de explosão do reator, devido à extrema
temperatura e alto nível da radiação do complexo todo. Segundo estatísticas e
relatórios divulgados pelo chefe do departamento do Instituto de Pesquisas
Espaciais da Academia das Ciências da Rússia - Yuri Zaitsev, satélites com
instalações nucleares têm sido causas de grandes emergências. De acordo com
Zaitsev eles tiveram muitos acidentes com esses motores, mas não apenas eles,
os americanos também.
RD0410
Incidentes
como o do lançamento do satélite norte-americano Transit, que explodiu sobre o oceano Índico, deixou na nossa
atmosfera quase um quilograma de plutônio-238. A seguir veio o incidente com o
satélite soviético Cosmos-954 que
caiu no território do Canadá e a contaminação atingiram cerca de 60.000
quilômetros quadrados.
Estas
novas mudanças adotadas nos projetos modernos de sistemas de propulsão vão
resolver quem sabe definitivamente o problema da segurança. O uso de motores
iônicos, que geram atração com fluxo de íons, acelerados por campo elétrico,
está previsto nos novos veículos espaciais da era moderna. O propósito maior na adequação das novas
tecnologias é construir uma central elétrica nuclear a bordo, para manter o
funcionamento do motor, não permitindo que o reator produza emissões radiativas
para o espaço exterior. Porém, estes veículos, no momento só podem funcionar em
órbita da Terra, pois o montante de energia, não permite voos mais distantes. A
resultante desta nova tecnologia de propulsão permitirá independência e potência,
para o homem, quem sabe, ultrapassar as barreiras planetárias de nosso sistema
solar e ir mais além onde nenhum homem ainda esteve.
Como diria o Capitão Kirk da
USS Enterprise ... “Diário de bordo, data estelar 2012 ...”
Grande abraço Spock, lembrei de você ...
Fiquem
Bem
Gério Ganimedes
Direitos Reservados – Projeto Quartzo Azul©©
Grato pela lembrança, Gério!
ResponderExcluirExcelente matéria e...fascinante ilustração!!
Saudações Vulcanas!
E não é que é nosso Spocante alienígena!!!
ExcluirCaro Gério gostaria de colocar umas questões sobre as propulsões citadas por ti.
Motor nuclear tem um empuxo próximo dos combustíveis quimicos e o método de ação idêntico, reação. Entretanto para voos espaciais o maior entrave é a gravidade e essa é eliminada com o efeito giroscópico e para isso, basta um motor prosaico como um ciclo otto ou um elétrico. Dessa forma fica claro que o problema não é propulsivo, mas sim de enganar o povo e isso estas mais do que escolado de saber!!
O sistema iônico assim como o fotônico tem como entrave o baixo empuxo, entretanto são acelerantes até a velocidade lux, no caso do fotônico.
Logo no espaço esses motores são pertinentes e até os mais adequados entendendo a fisica (equivocada na minha opinião) no estagio que mostram-nos ela estar.
Mas entendendo a proposta de hiperespaço (invenção de Fred Hoyle) e de campos de libração, fica mais coerente pensar em propulsão espacial, pois se em vez de acelerarmos a nave, frearmos o espaço, podemos fazer com que o corpo celeste venha a nós e não nós irmos à ele. A linearidade espacial e temporal é conceitual e não real, real é apenas a singularidade e essa está sempre no aqui e agora.
O erro analítico é por conta da "religiência", essa ignominia que nos é imposta ad infinitum.
Sei que peguei pesado, mas para entenderes pense o seguinte:
As coordenadas cartezianas são a base do equívoco, pois elas nunca foram três (x,y,z) mas sim 4 e a origem não é um "vertice de um cubo, mas sim o centro de um tetraedro a unidade mínima tridimensional. Assim o erro crasso se dá por conta de se querer estabelecer uma posição espaço temporal em função de coordenadas pré estabelecidas. Na verdade estabelecemos o instante 1 (o centro do tetraedro) e aí, traçamos as coordenadas e chegamos a nossa posição, em suma, a base do calculo somos nós e não uma posição hipotética.
Pense sobre isso, não existe nem uma fagulha de lógica em coordenadas cartezianas baseadas em um cubo, ele não é a mínima estrutura fractal do sólido tridimensional.
Entendeu agora porque a proposta da religiência é tola?
São 4 vetores e todos se comportam tal e qual um funil triangular, fazendo com que a unidade bidimensional seja o obvio, um triangulo.
Esses papas da religiência (religião ciência) são uns canalhas, a começar pelo tal einstein!!!
Pergunte ao lógico senhor Spock.:-D