segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Análise de Luzes de Sinalização de Aeronaves Terrestres

Figura 1


Por Gério Ganimedes


Quando pensamos em ufologia nos vem à mente uma “ciência” cheia de fenômenos extraordinários, luzes, ruídos e aparições cheias de mistério e situações sinistras. Muitas testemunhas, assim como eu mesmo, já tiveram estas experiências, no entanto para fazermos ufologia séria e bem fundamentada, temos que, ao contrário do que muitos pensam, estudar muito. Astronomia, física, matemática, fotografia, cinegrafia, ciências aeronáuticas e dados específicos de protocolos e símbolos da aviação comercial e militar. Tudo isto faz parte de um processo ou protocolo geral da ufologia. Devemos saber o que estamos observando, pois nossos olhos e nosso cérebro costumam nos pregar peças, nos enganarem, com “defeitos” especiais, ilusões de ótica e no auge da ansiedade e da adrenalina gerar distorções que nos levam a uma má interpretação de luzes que avistamos durante um evento. Muitos dos OVNIS ou UFOS registrados, muitas vezes, são aeronaves bem terrestres e identificadas. Isto não quer dizer que o câmera ou fotógrafo esteja mal intencionado ao publicar sua observação, mas por desconhecimento de detalhes técnicos e padrões terrestres de sinalização de aeronaves, torres de sinalização e até os famosos e irritantes “Balões de Medição Atmosférica”. Não podemos esquecer também das recentes “Pipas com LED”. Por isso, devemos ter em mente, quando entramos neste universo da ufologia, que devemos conhecer conceitos, protocolos e convenções humanas ligadas à marinha, exército, aeronáutica e ter inclusive conhecimento de rotas de satélites e veículos espaciais que orbitam a Terra.

Como gosto de tudo muito bem organizado e explicado vamos iniciar a análise de um dos principais fatores de erro de interpretação na análise e observação de Ovnis. São elas as luzes de sinalização utilizadas tanto na aviação comercial como militar.

Vamos entender como funciona, este padrão ou protocolo mundial de identificação de aeronaves, tanto noturna como diurna das aeronaves “terrestres”.

LUZES DE NAVEGAÇÃO e ANTICOLISÃO



Luzes de Navegação

Estas luzes têm o objetivo de indicar a trajetória relativa da aeronave em relação aos observadores. Essas luzes serão vermelhas na ponta da semi-asa esquerda, verde na ponta da semi-asa direita e branca na parte traseira inferior da aeronave, como mostra a fig. 1. As luzes de navegação deverão ser exibidas à noite ou em qualquer outro período que se julgar necessário. A lente da luz de navegação direita geralmente é de cor azul. Isto ocorre porque a lâmpada incandescente (de filamento), usada nesse sistema, emite luz de cor amarela, que, misturando-se com o azul da lente, torna-se verde.


Luzes Anticolisão

Têm o objetivo de chamar a atenção para a aeronave. Essas luzes são brancas ou vermelhas, de funcionamento intermitente ou em relâmpagos, localizadas normalmente nas pontas da asa e no topo da deriva. Podem, também, ser fixadas na parte superior ou inferior da fuselagem. As luzes anticolisão devem ser exibidas sempre que a aeronave estiver em operação, independente do período do dia (diurno ou noturno). Entende-se que uma aeronave está em operação, quando em vôo, efetuando táxi, efetuando giro de manutenção no solo ou mesmo sendo rebocada.

DESCRIÇÃO DAS LUZES DE NAVEGAÇÃO E ANTICOLISÃO

Luzes de Navegação:

As lanternas de luzes de navegação são dotadas de lâmpadas de filamento, as quais, quando ligadas, mantêm um fluxo constante de luminosidade.

  • Lanterna na cor vermelha, asa esquerda.
  • Lanterna na cor verde, asa direita.
  • Lanterna na cor branca, cauda.

Luzes Anticolisão:

As lanternas de luzes anticolisão brancas ou vermelhas são divididas em duas classes:

  1. Lâmpadas de gás xenônio. Emitem flashes de alta intensidade, produzidos por descarga capacitiva.
  1. Lâmpadas halógenas (de filamento). Acendem de forma intermitente ou ficam em rotação (beacon rotating).

Para as pontas da asa, são utilizadas lâmpadas de gás xenônio brancas, também se pode aplicar uma terceira lâmpada de xenônio na cauda da aeronave, junto à de navegação, com lente transparente (luz branca). No topo da deriva ou na parte superior ou inferior da fuselagem, aplicam-se as vermelhas intermitentes, com lâmpadas halógenas ou de gás xenônio.


Mostraremos abaixo através de ilustração e fotos o posicionamento destas luzes:





Estas luzes são importantes para a navegação e para a segurança das operações, auxiliando os procedimentos de pouso e decolagem e até mesmo em inspeções visuais realizadas em vôo de cruzeiro, além de identificar e promover o logotipo da empresa aérea.

Duas lâmpadas estroboscópicas de alta intensidade com lentes vermelhas são normalmente montadas nas partes superior (teto) e inferior (barriga) da fuselagem. São as luzes anticolisão, que “piscam” em média 60 vezes por minuto. As lâmpadas recebem descargas de tensão de até 500 volts em corrente contínua e são chamadas em aviação, de Farol ou Beacon.





Quatro luzes incandescentes, duas de cada lado da fuselagem central, permitem a inspeção noturna em vôos dos bordos de ataque das asas e entradas de ar dos motores. São vistas para a verificação de formação de gelo. Verificação de asas e motores.



No nariz da aeronave existem duas lâmpadas incandescentes acomodadas na parte superior do trem de pouso. A de táxi e a de “take-off light (T.O.)” ou decolagem. A de táxi é utilizada exclusivamente para o táxi, tem 450 watts e produz um feixe luminoso com ângulo maior e foco mais próximo. A T.O. é útil principalmente na decolagem, suporta 600 watts e ilumina uma área com ângulo menor e foco mais longo. Após a retração do trem de pouso, as lâmpadas são desligadas automaticamente. Durante o dia, as luzes normalmente permanecem desligadas.




Lâmpadas estroboscópicas ou (Strobe) ficam localizadas ao lado de cada luz de navegação, na cauda e nas asas, são instaladas lâmpadas estroboscópicas branca de alta intensidade que “piscam” na mesma freqüência das luzes de anti-colisão.



As de navegação e de logotipo e as luzes incandescentes de navegação são utilizadas desde os primórdios da aviação. São uma imitação das primitivas sinalizações marítimas do inicio do século passado. Na extremidade da asa direita há duas lâmpadas verdes e, na extremidade da asa esquerda, duas lâmpadas vermelhas. São 50 watts para cada bulbo. Na extremidade da cauda, os aviões também contam com duas lâmpadas brancas de 25 watts cada. As seis são à base de quartzo. Para iluminar o logotipo da companhia aérea, pintado nas duas faces do leme vertical, existem duas lâmpadas na superfície superior dos estabilizadores horizontais.




As luzes de pouso ou “Land” (termo em inglês) são duas luzes incandescentes do tipo quartzo de 600 watts que são de extrema importância para o pouso. Estas lâmpadas ficam sob as asas, imediatamente após os bordos de ataque rente a fuselagem, elas auxiliam nas fases de aproximação, toque e desaceleração e normalmente são retráteis.


Aeronaves que Costumam dar Sustos até mesmo em Ufólogos Experientes


Helicópteros

 Foto/crédito: Dan Megna


Os helicópteros por voarem mais baixos e terem luzes de sinalização mais intensas, comparadas ao tamanho da aeronave, causam grande impacto quando avistados por observadores em vigília do céu, mas isso a noite. O som forte dos helicópteros, logo entrega o tipo de tecnologia que causou o susto. 



No entanto devemos conhecer o posicionamento destas luzes para sabermos com identificar o veículo, que pode ser muito mais facilmente identificado, não causando constrangimentos para o fotógrafo ou câmera, por pensar estar registrando um Ovni genuíno, quando na verdade numa análise simples se mostra uma aeronave de rotores superiores, terrestre e bem conhecida de todos nós.



Continua ...



Fonte de informações e imagens: * Vôo Virtual - Blog de edersonbilck
* Todos os direitos reservados a edersonbilck

Agradecimentos as excelentes informações do blog Vôo Virtual de edersonbilck
Acesse a página AQUI



Texto, montagem e adaptação de imagens: Gério Ganimedes
Direitos Reservados - Projeto Quartzo Azul ©©



4 comentários:

  1. gerio,post em excelente momento para ajudar a todos nos que costumamos vigiar o ceu e nao passaremos por equivocos.parabens.

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  2. Obrigado pela explicação.
    Ontem vi uma luz no céu nocturno sobre a foz do Porto.
    Era duas luzes intermitentes (+- 0,5seg) juntas e sobrepostas, azul e vermelha.
    Não observei nenhuma luz fixa nem ruído.
    Movia-se no sentido norte->sul

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    1. Ó Alfredo Albano, !! - O que vistes foi tão sómente um Króton, muito comum nesta é poca do ano para o lugar onde vives.

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