Esta ilustração mostra o planeta alienígena (PSR J1719 - 1438) , onde ultra-altas pressões exercidas sobre o carbono, cristalizaram o corpo remanescente de uma estrela morta, formando um mundo extra-solar. O planeta resultante é feito de diamantes e orbita uma estrela densa que pulsa, com um diâmentro menor que o de nosso Sol.
Crédito: Swinburne Astronomia Productions.
Um planeta alienígena recém descoberto, que se formou a partir de uma estrela morta, é um verdadeiro diamante em forma bruta. Um novo estudo sugere que a pressão super-alta do planeta, que orbita uma estrela de nêutrons, em rápida pulsação, provavelmente fez com que o carbono do seu interior se cristalizasse, tranformando-o em um diamante. A composição do planeta, que é cerca de cinco vezes o tamanho da Terra, não é a sua única característica excepcional.
A estrela-mãe do planeta é um tipo especial de estrela, piscando como um pulsar de milissegundo, uma estrela de nêutrons girando rapidamente formada a partir de uma supernova. Todo o sistema, que é apenas o segundo de seu tipo já descoberto, está localizado a cerca de 4.000 anos-luz da Terra, na constelação da Serpente.
Uma jóia encontrada no espaço
Setenta por cento dos pulsares de milisegundos encontrados, tem um companheiro, que fornece energia adicional para “a volta” de rotação rápida dos pulsares. Geralmente, este companheiro é uma estrela que está morrendo chamada anã branca. Mais de 180 pulsares de milisegundos foram encontrados com anãs brancas ao longo dos anos.
O único planeta conhecido por estar orbitando em um sistema desse tipo foi detectado em 1992. Matthew Bailes, cientista da Universidade de Tecnologia Swinburn, em Melbourne, na Austrália, disse ao SPACE.com, via e-mail, que "O pulsar foi encontrado em dezembro de 2009. Nós desde então estivemos na trilha do companheiro".
Conhecido como PSR J1719-1438, este pulsar especial, completa mais de 10.000 rotações em um minuto. Pequeno e compacto, tem apenas cerca de 20 km de diâmetro, mas tem uma massa que é de 1,4 vezes maior do que o nosso sol. PSR J1719-1438 transforma-se de uma estrela média para um pulsar de rádio, quando uma estrela que está morrendo em um sistema binário explode. O núcleo compacto da estrela formada, tem uma velocidade de rotação muito elevada, a partir das cinzas da supernova. Quando a segunda estrela do sistema chega ao fim da sua vida, ela se expande como uma gigante vermelha e finalmente se transforma em uma anã branca. O pulsar começa a chupar a massa de seu companheiro para fora, fazendo com que o pulsar gire cada vez mais rápido até atingir velocidades vertiginosas.
De estrela que está morrendo a um planeta diamante
O que acontece depois, depende do sistema. Anãs brancas continuarão a orbitar o novo pulsar de milissegundo, mas algumas são consumidas por ele. "O destino depende da massa da anã branca e quão longe está a partir do pulsar", disse Bailes.
Os astrónomos assumem que isto é o que aconteceu com os 30 por cento dos pulsares de milisegundos encontrados sem um companheiro. No caso do planeta diamante, os astrônomos acham que o núcleo da anã branca não conseguiu se fundir completamente com a sua companheira.
"Quando eles chegaram muito perto, a estrela perdeu muito de sua matéria e se mudou para a sua distância segura de cerca de um raio solar", disse Bailes.
Agora minúsculo, tendo perdido mais de 99,9 por cento de sua massa original, e não mais envolvido nas reações de fusão que impulsionam uma estrela, o núcleo morto é classificado como um planeta.
Ironicamente, a estrela que virou planeta é maior do que seu sol. Com um diâmetro de cerca de 60.000 km, é cinco vezes o tamanho da Terra, mas 3.000 vezes maior do que o pulsar de milissegundo que orbita. O próprio planeta orbita o pulsar em pouco mais de duas horas. Todo o sistema iria caber dentro do diâmetro do nosso sol.
Fonte: Space.com
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Tradução e adaptação de texto e medidas: Gério Ganimedes
Uau! Isso é que é uma verdadeira jóia do Universo! Deixem só os joalheiros saberem disto! :)
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