As Tempestades Solares e as Preocupações Com os Sistemas Elétricos

Por Gério Ganimedes

Enquanto um período de pico no ciclo das tempestades solares se aproxima, os orgãos reguladores de energia elétrica dos Estados Unidos da América, já andam preocupados, e estão analisando suas opções para proteger a rede de fornecimento elétrico da nação, das temidas erupções solares e seus efeitos colaterais. As medidas incluem as normas para novos equipamentos e reformas no sistema já existente, mantendo um controle redutor sobre o custo de fornecimento ao público. Eles estão estudando o impacto das tempestades solares históricas como a de 1859, para ver se o sistema precisa de um “upgrade”, e realizando um confronto de opiniões sobre o quão sério a ameaça é, e o que deve ser feito sobre isso. Entre os eventos que estão sendo examinados, aparece a falta de energia canadense de 1989. Em 13 de março daquele ano, cinco linhas importantes de transmissão de energia elétrica em Quebec foram literalmente fritadas. Menos de dois minutos mais tarde, a maior parte da principal cidade e regiões estavam em total escuridão.

Neste evento, a causa foi uma tempestade de partículas carregadas do sol que atingiu a Terra em cheio, danificando equipamentos elétricos em pontos tão distantes como Nova Jersey. Observadores do céu e astrônomos fizeram registros de auroras boreais, ou luzes do norte, até o sul do Texas inclusive na Flórida.

É esperado que o sol, atinja o pico de atividade e subsequentes erupções em 2013, e como as super-tempestades nem sempre ocorrem em períodos de pico, alguns cientistas alertam para um desastre sem precedentes que pode acontecer a qualquer momento durante este ciclo de máxima solar.

John Kappenman, consultor e engenheiro, que passou décadas pesquisando as tempestades solares, diz que a rede de energia moderna não é forte o suficiente, para o pior que a natureza tem para oferecer. Ele diz que uma tempestade solar pode causar desligamentos extremos com duração de semanas ou meses, deixando as grandes cidades temporariamente inabitáveis ​​e atingindo prejuízos econômicos incalculáveis.

“Este é sem dúvida, o cenário do maior desastre natural que o país pode enfrentar”, disse Kappenman.

Kappenman foi consultado pelas empresas que fabricam equipamentos, para fortalecer a rede de distribuição elétrica. Outros são mais cautelosos em suas previsões. “Nós precisamos realizar uma análise mais detalhada e mais rigorosa antes de sabermos com certeza”, disse Antti Pulkkinen, um físico associado a NASA, que está usando supercomputadores para construir modelos potenciais para futuras tempestades solares, com base em dados que se acumularam durante décadas.  A maioria da indústria diz que, “não acham que as consequências sejam assim tão graves”, mas que um evento menor é concebível e vale a pena se preparar.

Comentário do Autor

O Seguro morreu de velho... Então principalmente aqui no Brasil, é melhor sair de perto dos bueiros e comprar bastante vela. Num país onde os santos são os primeiros convocados para as frentes de combate em desastres naturais e para não ficarmos no escuro, as velas tem poder dobrado. Já temos problemas nas redes elétricas sem erupções solares, imaginem na compania delas...

Gério Ganimedes

Fonte: Fox News

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Tradução, adaptação de texto: Gério Ganimedes

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