Cientistas Informaram - Nosso Sol está se movendo mais lentamente do que se pensava

A heliosfera é uma espécie de casulo, uma região do espaço

  dominada pelo Sol, Terra e outros planetas. 

Crédito: Southwest Research Institute

Por Gério Ganimedes

De acordo com o portal Space.com o nosso Sol está se movendo mais lentamente do que se pensava através do espaço interestelar, o que sugere que coisas que deveriam estar num determinado lugar, como os cientistas acreditavam, não estão. Pesquisadores disseram que o arco gigante, bolha ou onda de choque, que pensavam existir em frente ao sol, não está realmente lá. Estas novas descobertas podem influenciar o que os cientistas sabem sobre a alta energia dos raios cósmicos que podem pôr em perigo os astronautas e a Terra.

O sol e os planetas são encapsulados, dentro de uma bolha de partículas carregadas e campos magnéticos, conhecidos como heliosfera. A borda da heliosfera, onde se choca com gás e poeira interestelar, é chamado de heliopausa, e marca o limite exterior do sistema solar. Por cerca de um quarto de século, os pesquisadores pensavam que o sol estava se movendo rápido o suficiente no espaço, para a que a heliosfera gerasse uma Bow Shock ou onda de choque, rasgando assim como um arado através da matéria interestelar.

O principal autor do estudo Dave McComas, cientista espacial do Southwest Research Institute em San Antonio, Texas, disse que a título de exemplo, funcionaria como um “boom sônico” criado por um jato, quando quebra a barreira do som. Isto é uma onda de choque. À medida que o jato atinge velocidades supersônicas, o ar à frente não consegue ficar fora do caminho do jato rápido o suficiente, uma vez que a aeronave atinge a velocidade do som. Estas mudanças instantâneas de interação resultam em uma onda de choque.

Novas observações mostraram, que o nosso sol está viajando mais lentamente do que se pensava antes. Como tal, move-se muito lentamente para gerar uma onda de choque. 

“Nós descobrimos agora que nosso Sol não tem uma “onda de choque” – isto é surpreendente, e ao mesmo tempo um pouco chocante e agora muito trabalho precisa ser refeito”. McComas falou ao Space.com que “a comunidade astronômica passou as últimas duas ou três décadas estudando algo que não existia”.

Dados da Interstellar Boundary Explorer da NASA (IBEX), uma pequena nave espacial controlada remotamente, transmite imagens da natureza das interações das partículas na borda do nosso sistema solar e revela que nosso sol está dentro de uma bolha ou nuvem interestelar, deslocando-se cerca de 83.700 quilômetros por hora, isto é aproximadamente 11.250 quilômetros por hora, mais lento do que se pensava.

Com este estudo os cientistas querem dizer que uma onda de choque proveniente do sol dentro da atual velocidade de nossa estrela é altamente improvável de existir. Isso significa que o sol teria que deslocar-se, ainda mais rápido do que se pensava, a fim de gerar uma onda de choque.

“Enquanto os choques frontais certamente existem à frente de muitas outras estrelas, estamos descobrindo que a interação do nosso Sol não atinge o limiar crítico para formar uma onda de choque. Esta onda à frente de nossa heliosfera poderia ser mais bem representada, com o que acontece à frente da proa de um barco que desliza pela água”, disse McComas, principal investigador da missão IBEX.

Fonte: Space.com

Leia a matéria na íntegra em inglês AQUI

Tradução e adaptação de texto: Gério Ganimedes

Comentário do Autor

Os resultados dos novos estudos comprovam, que na verdade, não sabemos nada. Deduzíamos coisas, baseados em fórmulas e teorias, que agora caem por terra. O espaço foi, é e sempre será um eterno mistério. O homem tem que entender que esta é a verdadeira barreira, entre nós e Deus. Então dizer que algo pode, ou não pode acontecer no espaço, é mera especulação científica, porque lá tudo muda, transmuta, salta, implode, explode sem seguir um protocolo construido aqui na Terra pelos homens da ciência. O espaço assim como todo universo tem suas próprias leis e fórmulas, diferentes e muito mais complexas do que imaginamos, e que fogem a compreensão dos limitados quadro-negros e computadores dos meios acadêmicos e científicos. Este é o mistério da vida e não existe ainda uma fórmula para compreende-la ou talvez nunca existirá para que saibamos o nosso limite.  

Gério Ganimedes

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