terça-feira, 15 de maio de 2012

Asteroide Vesta – Um pequeno planeta em construção



Os cientistas vêem Vesta agora, como um grande bloco em construção, através de camadas sedimentadas em um núcleo planetário de ferro, talvez o único a sobreviver aos primeiros dias da criação do sistema solar. Crédito: NASA




Por Gério Ganimedes


Novas imagens da Sonda Dawn da NASA revelaram que a superfície do asteroide Vesta se parece mais com um pequeno planeta.  As imagens transmitidas pela Dawn apresentam o asteroide como um "bloco em construção". Um planeta, com um núcleo de ferro e que se formou de maneira semelhante ao nosso planeta e nossa própria lua. O vídeo foi compilado a partir de uma coleta de imagens da sonda Dawn e mostra as primeiras observações dentro das misteriosas crateras vistas pela primeira vez pelo telescópio espacial Hubble.

Com idade aproximada de 4.560 milhões anos, a complexidade geológica deste asteróide pode ser atribuída a um processo que divide sua formação em um núcleo de ferro e manto ou crosta, com um raio de aproximadamente 110 quilômetros. A título de exemplo o nosso satélite natural – a Lua e planetas semelhantes à Terra são formados de maneira semelhante.

O que os cientistas descobriram nesta observação detalhada de Vesta, é que pelos detalhados sulcos, reentranças e o sinuoso relevo, poderiam sustentar a teoria de que o asteroide em questão, já teve um oceano de magma abaixo da superfície. Para colaborar com esta teoria, temos que levar em conta de que o um oceano de magma ocorre quando um corpo sofre fusão quase completa, levando a blocos de construção resfriados em camadas que podem formar planetas.
 
Os dados transmitidos das análises de espectro da superfície do asteroide também confirmam semelhanças de composição com um grupo distinto de meteoritos encontrados na Terra, o que trás a superfície a teoria de que estes fragmentos encontrados aqui na Terra são originários de Vesta.

As assinaturas de piroxênio, um mineral rico em ferro e magnésio encontrado em meteoritos coincide com as leituras das rochas na superfície de Vesta.  Essas rochas representam cerca de 6 por cento de todos os meteoritos encontrados na Terra. Baseados nestas leituras os cientistas sabem agora que a topografia de Vesta é bastante íngreme e variada. Algumas crateras de Vesta formam encostas muito íngremes e têm lados quase verticais, com deslizamentos de terra que ocorrem com mais freqüência do que o esperado – demonstram um terreno extremamente instável. As imagens da Sonda Dawn mostraram ainda o quanto o asteroide, ao longo de sua vida, foi atingido por intermináveis impactos com detritos espaciais. Vesta também tem semelhanças com outros corpos celestes de baixa gravidade, como as pequenas luas geladas de Saturno. A sua superfície tem manchas claras e escuras que não correspondem aos padrões previsíveis sobre a Lua da Terra, no entanto muito se assemelham.


Assista ao vídeo AQUI
 


Comentário do Autor

Fazendo uma avaliação do quadro exposto pelos cientistas e com base nas afirmações, teorias acadêmicas e imagens apresentadas, eu me arriscaria a teorizar que Vesta, assim com a nossa Lua, poderia ser o que restou de um grande planeta, um imenso mundo que ao chocar-se com um corpo de imensa massa e grandeza despedaçou-se, dividindo-se em fragmentos menores. Deste imenso mundo alienígena nasceram a Terra, Lua e Vesta. Como nos romances ou na vida real, o bom filho a casa volta – este pode ser o caso de Vesta. 

Quem sabe, não estamos estudando de perto nosso bom e velho irmãozinho, regressando de sua inóspita e aventureira viagem pelo cósmos. Só por favor irmãozinho! Passa perto, mas não não desça, nós acenamos de longe ...


Fonte de pesquisa: Space.com, Daily Mail – Science e NASA.
Texto e comentário: Gério Ganimedes
Direitos Reservados – Projeto Quartzo Azul©©

Um comentário:

  1. O comentário foi ótimo Gerio, agente acena daqui! rsrs

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