Espaço a Fronteira Final – Um lugar Repleto de Pedras

Crédito: NASA

Por Gério Ganimedes

De acordo com o portal NASA SCIENCE - No último censo de rochas espaciais realizado pelo projeto, no campo de ação infravermelho do telescópio WISE, foi levantada uma melhor avaliação da população de "pedregulhos" do nosso sistema solar e dos asteróides potencialmente perigosos. Também conhecido como PHAs (Potentially Hazardous Asteroids ou Asteróides Potencialmente Perigosos), estes asteróides têm órbitas que chegam próximos da Terra cerca de oito milhões de quilômetros e eles são grandes o suficiente para sobreviver ao passar pela atmosfera terrestre causando danos Dantescos.

A divisão de caça aos asteróides da missão do telescópo WISE da NASA, chamada NEOWISE, tem coletado informações sobre os PHAs. Foram contabilizados cerca de 4.700 PHAs, mais ou menos 1.500, com diâmetros maiores do que 100 metros.

Embora as estimativas anteriores dos PHAs previssem números semelhantes, que eram aproximações, agora o NEOWISE gerou uma estimativa mais confiável de números dos objetos totais e tamanhos. Porque o telescópio espacial WISE detectou através de sua visão com luz infravermelha, o calor dos asteróides, mesmo em objetos escuros ou que absorvam a luz, resultando em uma contagem mais representativa de toda a população de rochas espaciais. A nova análise sugere que existem cerca de duas vezes a quantidade de PHAs como se pensava anteriormente, e que residem em órbitas de baixa inclinação, que são mais ou menos alinhadas com o plano da órbita da Terra.

Com base na pesquisa apresentada fica constatado que existem categorias diferentes de asteroides, sendo a primeira de rochas escuras que praticamente não refletem a luz solar e outras intensamente brilhantes. Este aspecto se deve ao fato da composição das rochas.

 

Os PHAs que se encaixam nas órbitas de menor inclinação, parecem ser um pouco mais brilhantes e menores, do que outros asteróides próximos da Terra. A descoberta de que PHAs tendem a ser brilhantes diz algo sobre sua composição, pois eles são mais propensos a serem pedras, como o granito, ou metálicos. Este tipo de informação é importante na avaliação dos riscos das rochas espaciais potencialmente perigosas para a Terra. A composição destes bólidos afetaria a rapidez com que podem queimar em nossa atmosfera se uma entrada em nossa atmosfera acontecer.

Comentário do Autor

Esta malha, ou rede cósmica de pedras soltas, sejam elas vindas do cinturão de asteróides, ou de qualquer parte do universo, não existem mais dúvidas que são restos ancestrais de planetas, estrelas e cometas que dentro de sua dinâmica aleatória ou órbitas alteradas pelos campos gravitacionais de planetas e estrelas, vivem se cruzando e chocando-se entre si, partindo-se e dividindo-se em pedaços cada vez menores de rochas com composições químicas e estruturas diferentes. Dizer de onde elas vêm, como se deslocam e porque se aproximam, é mera especulação científica e vislumbramento físico acadêmico. O que importa é que elas vêm e cruzam e numa destas infinitas combinações orbitais, mesmo se sabendo antecipadamente, elas vão adentrar nossa atmosfera e nos atingir. Já foi assim no passado, presente e inevitávelmente acontecerão no futuro – que pode ser amanhã ou daqui a milhares de anos – eu chamaria isso de “Loteria Espacial Pedregosa”... A urna está girando – qual será a próxima bola da vez, ou melhor, pedra?

Gério Ganimedes

Fonte de informação e pesquisa: NASA – SCIENCE

Texto, tradução, adaptação e comentário: Gério Ganimedes

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