Sonhos - Akira Kurosawa
Por
Gério Ganimedes
Quando as imagens que se fundem em nossos sonhos nos
transferem para atmosferas sombrias ou cheias de cores e luzes, para mundos
diferentes, diante de entidades e pessoas desconhecidas. Esta experiência me
faz pensar que de alguma maneira conseguimos transpor a barreira do tempo e do
espaço, rasgando membranas temporais, atravessando dimensões e universos,
experimentando um mundo paralelo, onde nossa existência é um paradoxo temporal.
Como gêmeos de nossa própria existência, vivemos em um mundo reflexo real,
porém distante do que sentimos neste paralelo. Os sonhos são as aventuras reais
de nossos pensamentos, as barreiras que queremos, no mais íntimo de nossos
desejos, atravessar. Nos sonhos ou pesadelos, queremos vencer as muralhas que
nos aprisionam, os medos que nos limitam.
Uma conexão mágica surge entre os universos que nos
permitem habitar. Quantas vezes acordamos com fadiga extrema? Isto ocorre por
transpormos as membranas que limitam os universos. Esta energia mágica drenada
de nosso corpo é o reator temporal que nos lança e permite viver por poucos
momentos em mundos e universos paralelos.
Somos vários, em universos diferentes. Podemos sofrer aqui,
enquanto sorrimos em outra dimensão em um mundo que nos parece sonho. O que temos que aprender é saber transpor
nossa energia em um só ser, em uma só existência, para que possamos ver nossos
outros “Eus”. Onde está nossa
realidade? Qual universo nos permite evoluir? Nossos sonhos nos mostram os
ambientes sombrios de nossa existência.
Nesta divisa, entre estas barreiras que dividem os universos que nos cercam temos que
compreender as mensagens e as variáveis que os sustentam. Endossando as teorias
de que existimos em múltiplos universos, pego em mãos a ideia de que nossos
corpos físicos ás vezes enfraquecidos em nossa realidade atual, é porque
podemos estar sendo atingidos e drenados em outros universos paralelos. Nossos
corpos físicos são íntegros e interligados diretamente à energia que se
transmuta por outros mundos dimensionais. Às vezes uma dor, um mal estar no
ambiente real que estamos vivendo, pode ser um ferimento grave em outro
universo compartilhado. Pergunto: Qual é o universo que nos aceita, nos compreende e nos mantém?
Já percebi que nossos sonhos nos mostram os ambientes mais sombrios e também os mais iluminados de nossa
vida paralela. Quando acordamos de um sonho bom ou um pesadelo nos
perguntamos: “Onde estou”? Em quase um sobressalto suspiroso, falamos entre o silêncio de nossos lábios, dominados por nossos pensamentos: “Foi tão real ... Senti dor, aromas, amor, luz e escuridão". Por onde caminhei, que mundo e qual tempo vivi?
Acredito que minhas "cópias" distribuídas
entre os múltiplos universos saibam se cuidar ... Pois assim, em meus
sonhos, terei o prazer de viver minhas outras vidas paralelas eternamente.
Gêmeos - Óleo sobre tela por
Gério Ganimedes
Fiquem bem
Texto: Gério Ganimedes
Colaboração: Rosana Ganimedes
Dedicado ao meu amigo e ídolo das colunas científicas Michio Kaku
Gério Ganimedes
Direitos Reservados - Projeto Quartzo Azul©©
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