Por Gério
Ganimedes
O
universo em sua total magnitude, complexo e harmônico, cruzando as voltas curvas
das oitavas do símbolo do infinito,
avança através do tempo em sua viagem interminável. Segue enigmático no espaço profundo,
entre o visível e o imaginário, navegando na matéria escura que existe entre a
luz das estrelas e o brilho dos corpos reflexivos dos sistemas planetários,
transportando consigo mundos, sóis, buracos negros, cometas e outros detritos
rochosos da criação e destruição de mundos.
Juntos
a esta expansão, quase imperceptível, sentados na platéia da evolução planetária,
sem perceber a movimentação quase silenciosa do arrasto de nossa galáxia,
estamos nós, meros agentes da condução da vida. No entanto, a malha negra do
espaço continua a se mover, alinhar, destruir e criar, numa espécie de
laboratório estelar, adicionando energia, misturando compostos, agregando
minerais e gases, movendo a poeira ancestral de mundos antigos, num processo de
expansão ininterrupto do manto do universo, assim como o correr de um rio que
nasceu nas geleiras e que impulsiona suas moléculas originais de água, através
da correnteza sem fim, trocando, desgastando e carregando-se de novos elementos.
Quanto
tempo esta corrente de energia em propagação irá manter estes corpos celestes
em deslocamento? Onde aparecerá a grande barreira estelar, galáctica ou
distorção de tempo e espaço que freará este interminável avanço? Torna-se um
tanto difícil de responder, imaginar, calcular ou prever, porque a vida parece
não ter freio, não quer parar, porque a evolução não estaciona, não descansa –
ela avança, como uma espécie de paixão adolescente, transformando toda energia
e matéria absorvida em calor e emoção. Assim como funciona o universo, nosso
corpo copia seus movimentos, como um Atlas, “clonando”
em escala, as estrelas, os aglomerados de astros, as nebulosas, os cometas e estrelas
errantes. Nasceremos e morreremos, seremos matéria e depois apenas espírito,
enquanto o universo em seu total descaso, continuará a avançar, arrastar e
puxar as redes da matéria espacial. Como um navio pesqueiro, as forças cósmicas
varrem com suas malhas invisíveis o espaço escuro, modificando o macro cosmos,
tudo por uma única razão - continuar infinitamente a crescer, multiplicar, e
acima de tudo viver.
Onde
entramos neste quadro de transformação do universo?
Penso
sermos as partículas pensantes do quadro quântico universal, os elementos
chaves que o criador, em seu mais perfeito plano, aqui deixou para que de
alguma forma aprendêssemos a usar o poder a nós entregue, para vislumbrar, alcançar
e até mesmo alterar esta expansão, que em uma escala infinitamente menor, já
está em andamento dentro de nosso próprio universo particular.
“Permitam-se
expandir, assim como o universo lá fora está fazendo, esta talvez seja a
maneira de compreendermos e obtermos o segredo da fechadura que protege e
abrirá a porta que nos dará acesso a real e imaculada evolução humana”.
... Dedicado
ao meu grande amigo, Renato Cabral.
Texto:
Gério Ganimedes
Direitos
Reservados – Projeto Quartzo Azul©©
meros agentes da condução da vida???
ResponderExcluirestamos surfando nesta situação que vc bem detalha neste post porque assim um dia desejamos...
mas algo incrível aconteceu: esquecemos que somos a própria Vida!!!
Boa noite meu Amigo! Realmente você retornou inspirado! Muitos que acompanham o chat clamavam por seu retorno! Voçê sabe que faz muita falta pela suas próprias qualidades. Seja bem vindo a Estação Portal Quartzo Azul e retome seu lugar. Muito obrigado pela homenagem do Post.
ResponderExcluirRenato Cabral.