quarta-feira, 14 de março de 2018

À Espera de um Sinal

Rádio-telescópio do PQA

Por Gério Ganimedes
Desde os primórdios da humanidade o homem tem buscado formas de se comunicar com as estrelas, com os animais e até mesmo com as plantas.  O maior medo do homem é o silêncio a solitude. Não fomos criados para viver no afastamento e ao menor sinal de que podemos ficar desconectados ou ermitos nós buscamos desesperadamente nos comunicar, fazer amizades e nos deslocar, por mais longe que esteja nosso possível contato, seja da própria espécie ou com outras inimagináveis. Queremos de alguma maneira respostas dos animais, das plantas, do céu e das estrelas para que, de alguma maneira, possamos preencher qualquer espaço vazio dentro de nós, por menor que seja, criado pela perda de contato com o universo ou com o mundo que nos cerca.

Antenas do SETI ( Search for Extraterrestrial Intelligence)
A vida por si só busca o compartilhamento, a reciprocidade, a aproximação, o contato e um "sinal único" de que não estamos, e jamais estaremos sozinhos neste infinito universo. A existência tem uma regra básica, traduzida melancolicamente pela palavra amor. A busca da plenitude, da troca, da felicidade de não estar sozinho. É a troca de conhecimento, dos sentimentos e da continuidade interminável da vida. Por isso, buscamos na Terra e fora dela à possibilidade de compartilhar este sentimento que no guia desde nossa criação. Assim, esperamos ansiosamente a resposta positiva de nosso maior desejo – "não estarmos sós neste imenso e incompreendido pedaço do infinito".


Rádio-telescópio Parkes / Austrália

Os estranhos "sinais alienígenas", conhecidos como pulsos rápidos de rádio intrigam os astrônomos por quase uma década.  Desde que foram detectados pela primeira vez em 2007 até hoje os cientistas não conseguiram determinar a origem das emissões de rádio provenientes do espaço e que duram apenas alguns milissegundos. Alguns afirmam que podem ser uma mensagem alienígena, enquanto outros sugerem que foram gerados por uma estrela de nêutrons envolta por um campo magnético muito forte.



Agora, o mais significativo desses sinais foi gravado por pesquisadores da Austrália através do Rádio-telescópio de Parkes que pode finalmente, ajudar a identificar a fonte dessas transmissões misteriosas captadas anteriormente. Os astrônomos descobriram um forte sinal de rádio, o mais intenso já registrado, e reforçam que este pulso ajudará a identificar a fonte dos estranhos sinais "alienígenas" registrados. Os pulsos de transmissão extraterrestre foram detectados numa sequência durante três dias. O segundo e o terceiro foram identificados por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Swinburne em Melbourne na Austrália, entre os dias 9 e 11 de março de 2018.  Resta agora aguardar o que está sendo decifrado. 

Estamos próximos de tocar virtualmente nossos irmãos das estrelas ou estamos apenas recebendo "ecos de uma civilização já extinta"?

Texto: Gério Ganimedes - Anderson Mace
Divulgação: Rosana Santiago

Fiquem bem

Gério Ganimedes
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