terça-feira, 20 de março de 2018

O Palácio Celestial Chinês Está Fora de Controle e Vai Cair na Terra

Imagem extraída (Fotograma) do Filme Gravidade
Créditos: Warner Bros.  Edição: Gério Ganimedes - Anderson Mace


Por Gério Ganimedes

Um amontoado de ligas metálicas, plástico, resinas e “tecnologia descartável”, transportando produtos químicos altamente tóxicos poderão colidir com o solo terrestre nas próximas semanas e Nova York e partes da Europa estão entre os alvos mais prováveis. 

A Estação Espacial chinesa Tiangong-1 ("Palácio Celestial") está fora de controle desde setembro de 2016, entretanto agências espaciais em todo mundo têm monitorado a descida do “lixão espacial”.  Construída inicialmente com o peso de 8,5 toneladas o entulho orbital poderá também atingir o Brasil.


Segundo a previsão de cientistas aeroespaciais, a “velha chaleira espacial chinesa” agora com peso reduzido pelo consumo do combustível inicial, poderá cair em ​​Pequim, Roma ou Toronto. Especialistas do ESA - Agência Espacial Européia, com sede em Paris, estão entre os que acompanham a Tiangong-1 e estão prevendo que o impacto com a Terra acontecerá entre os dias trinta de março e seis de abril de 2018. O entulho esperado para sobreviver a reentrada está numa faixa de 10 a 40% do total de toda a sucata espacial que queimará na reentrada em nossa atmosfera. Levantamentos e cálculos de possíveis trajetórias colocam na mira dos destroços partes dos EUA, Europa, Austrália e Nova Zelândia. As cidades de maior risco incluem Barcelona, ​​Pequim, Chicago, Istambul, Roma e Toronto. Outras estimativas apresentadas colocam o dia D da queda entre  os dias 27 de março e 8 de abril de 2018.

Mapa das “possíveis” trajetórias
Créditos: The Aerospace Corporation

Como se não bastasse o perigo da queda de um corpo de grande massa, ainda teremos o risco de contaminação com base no tipo de compostos químicos que poderão atingir a região de impacto. Um composto químico altamente tóxico e corrosivo poderá cobrir a região da queda quando parte da “lixeira química chinesa” colidir com o nosso planeta. A substância química chamada de hidrazina que é usada como combustível de foguete pode provocar câncer num período de longa exposição.  Os sintomas da exposição em curto prazo a níveis elevados de hidrazina incluem irritação dos olhos, nariz e garganta, tontura, dor de cabeça, náusea, edema pulmonar, convulsões e coma, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). A exposição em longo prazo também pode causar danos ao fígado, rins e sistema nervoso central em humanos. O líquido é corrosivo e pode produzir dermatite de contato com a pele em humanos e animais. A Aerospace Corp uma corporação sem fins lucrativos com sede em El Segundo, na Califórnia / EUA, advertiu sobre os riscos da exposição humana a este produto químico. A hidrazina é um líquido incolor, oleoso e às vezes branco cristalino com uma base altamente reativa. 

“Tudo que sobe um dia desce”... E está descendo, em Quantidade de Movimento bem elevado (A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade). Nossos pesadelos espaciais não são feitos apenas de pedras do espaço, mas também de ferro da pesada mão humana, arremessado para fora da Terra.

Fiquem bem, atentos no céu e protejam suas cabeças. 

Texto: Gério Ganimedes – Anderson Mace
Divulgação: Rosana Santiago

Gério Ganimedes
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