Créditos: Tim Pyle, Backman et al, SSC, CalTech,JPL
e NASA (belt Asteroids)
Por Gério Ganimedes
No
universo tudo se desloca, muitos elementos se destroem, ou são destruídos, para
depois transformarem-se em algo grandioso, no entanto muito do entulho cósmico
que ainda não se transformou em algo esplêndido, torna-se o agente catalisador
ou acelerador do processo de transformação. São os agentes da criação da vida,
elementos da gênesis ou criação, atingindo um nível celestial e divino, ou os operários de Deus. Para haver transformação antes deve acontecer
um processo delicado e catastrófico, que é a destruição. A destruição faz parte
deste ciclo da vida. Liberação de energia, combinação de elementos químicos e forças,
muitas ainda desconhecidas de todos nós. Esta introdução é apenas para
chegarmos a um lugar do espaço onde acumula muito material que faz parte desta
proveta de vida no cosmos.
Um cinturão de asteroides é como um manto de pedregulhos, uma cinta achatada,
repleta de rochas espaciais compostas de minerais das mais diversas origens e composições,
formas diversas e ricas em tabelas
periódicas alienígenas, vindas de todas as partes da galáxia e muito
provavelmente muito além, quem sabe, talvez, ejetadas do infinito universo que
nos cerca. São pedaços de estrelas, planetas, cometas, que restaram como
fragmentos, “farelo” das destruições ou transformações estelares e planetárias.
Os asteroides, que são corpos
espaciais menores, orbitam no gigantesco espaço entre Marte e Júpiter que
abriga múltiplos objetos irregulares menores, conhecido como Cinturão de Asteroides.
Crédito:
NASA
Muito
mais além, temos outro cinturão conhecido como Cinturão de Kuiper. Este
imenso anel achatado em forma de “rosquinha”,
composto de pedras de estrelas, cometas gelados e restos ancestrais de
planetas, passou a ser visto na astronomia, depois de sugerido por dois
astrônomos, o irlandês Kenneth Essex Edgeworth, em 1943 e o holandês Gerald Kuiper em 1951, mas só confirmada sua existência mais a
frente, quando da descoberta do corpo 1992 QB1 (que foi o primeiro objeto
transnetuniano, descoberto depois de Plutão. Ele foi descoberto em 1992 por
David C. Jewitt e Jane Luu no Observatório Mauna Kea, Havaí. Atualmente é
classificado como um objeto clássico do cinturão de Kuiper). Mas não vamos nos
estender mais que o cinturão nesta postagem. Esta imensa cinta em formato de “rosca
amassada” se estende muito além da órbita de Netuno. E a título de curiosidade,
Plutão orbita a maior parte do tempo dentro desta cinta de corpos espaciais.
Nesta região inóspita, talvez o corpo mais conhecido de vocês, por seu nome, é
o cometa ou asteroide Quíron (centauro) que fica situado entre Saturno e Urano,
com tamanho estimado em 160
km . Corpos celestes
pequenos chamados OCK (Objetos do Cinturão de Kuiper)
ou KBO (Kuiper Belt Object)
orbitam numa vasta região depois de Netuno.
Esta
parte introdutória, talvez cansativa para muitos, foi apenas para conhecermos
um pouquinho da anatomia de um cinturão de asteroides e localização deles. Uma
região complexa em conteúdo, cheia de “caliça” cósmica, com corpos de diversos
tamanhos e que se arremessados por
forças aleatórias do impacto entre eles, podem tornar-se catalisadores de
catástrofes planetárias. Nasce aqui um termo que venho há muito tempo usando,
mas para vocês é a primeira vez. Chamo de Catalisador de Catástrofes Planetárias (CCP). Catalisadores
são agentes que causam uma mudança de velocidade de uma reação química, provocando
um novo caminho reacional. Um planeta tranqüilo atingido por um meteoro de
grandes dimensões é o exemplo direto, sendo o meteoro o catalisador. A
reação química já começa quando ele penetra a nossa atmosfera e o resto desta reação química vocês
já sabem.
Então,
se pensarmos que o universo todo está em movimento, e em meio, a este trânsito
caótico, de cometas, asteroides e todo tipo de fragmento (meteoroides),
estruturas como os cinturões de asteroides também estão em movimento, logo veremos
claramente que existem grandes possibilidades de estarmos (planeta e sistema), avançando
em direção aos “detritos” assim como eles também estão avançando em nossa
direção. Qualquer força que agir, do choque de um meteoroide com outro,
torna-se como uma tacada numa mesa de sinuca, com “bolas” viajando em todas as direções, no vácuo, com velocidades e
massas diferentes. Olhando esta cena pelo lado romântico, somos a bola azul desta
mesa de jogo.
O que estou tentando dizer, é que em função dos últimos acontecimentos
celestes (quedas de meteoros, e objetos não identificados riscando o céu em várias partes do mundo) podemos
reforçar uma hipótese, já levantada, de que estaríamos atravessando uma região
de “caliça desgarrada”, ejetada do Cinturão de Kuiper ou do Cinturão de Asteroides. Esta caliça pode estar
viajando, assim como nós, há muito tempo, no relógio astronômico, mas parece
estar chegando, aos poucos e em doses, que espero serem pequenas e também de conteúdo
pequeno. Pedras pequenas, adentrando nossa atmosfera, queimam rapidamente e só
fornecem um belo espetáculo noturno, por outro lado, se as pedras são grandes, o
espetáculo pode ser visto de dia, e não é nada belo, podendo o resultado ser a
devastação. Estaríamos atravessando uma região infestada de meteoroides ejetados do Cinturão de Kuiper ou do Cinturão de Asteroides Estaríamos nos aproximando de um campo
minado cósmico? Neste caso, não importa quem vai ou quem vem, o que importa é que
nenhuma destas “bolas brancas” nos coloque na caçapa.
"A teoria das probabilidades, no fundo, não é mais do que bom senso traduzido em cálculo; permite calcular com exatidão aquilo que as pessoas inteligentes sentem por uma espécie de instinto... É notável como tal ciência, que começou com estudos sobre jogos de azar, tenha alcançado os mais altos níveis do conhecimento humano."
Pierre Simon, Marquis de Laplace - Matemático astrônomo e físico francês.
Autoria do texto e pesquisa: Gério Ganimedes
Colaboração
/ Material de pesquisa: Renato Cabral
Sugestão
de matéria e incentivo: Rosana
Gério Ganimedes
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Tudo interligado e funcionando maravilhosamente, ainda que fisicamente pareça caótico...se não, como mudaremos de dimensão em larga escala?
ResponderExcluirValeu Gério, esse post é pra pesquisar la Violette, Velikovsky...
aceita uma troca de parceria ?espero resposta.
ResponderExcluirhttp://esquadraovni.blogspot.com.br/
Alguem sabe algo sobre o site "Nos dominios do realismo fantasticos?"
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