Crédito: NASA
Por Gério Ganimedes
Conforme
já veiculado por vários sites, inclusive pela mídia convencional, mas não obstante,
poderíamos deixar passar em branco, o asteróide, catalogado como 2012
DA14, irá fazer uma passagem por nosso planeta numa distância
relativamente pequena em escalas astronômicas. Ele passará a apenas 27.680,72 quilômetros , uma distância, que se torna até mesmo menor
que as órbitas de alguns satélites artificiais. O asteróide, que mede cerca de 45,72 m de diâmetro,
passará mais perto da Terra, do que a órbita de alguns satélites
geoestacionários, que se situam cerca de 35.727,44 quilômetros
acima da Terra.
Embora
o asteróide seja pequeno, se estivesse em rota de colisão com a Terra, iria
produzir uma explosão equivalente a 2,5 milhões de toneladas de TNT. E este é
apenas uma, das mais de 500 mil pedras que circundam a Terra. A boa notícia, é
que os cientistas dizem que isso não é suficiente para acabar com a vida no
planeta, mas poderia destruir uma cidade do tamanho de Londres. Apesar de uma
distância pequena, astronomicamente falando, você certamente não conseguirá ver
o asteróide sem a ajuda de instrumentos astronômicos. A NASA diz que ele não
vai ser brilhante o suficiente para ser visto a olho nu, mas que um bom par de
binóculos ou um telescópio deve ser capaz de capturá-lo. Segundo a NASA, a
rocha deverá passar no dia 15 de fevereiro, rapidamente, no hemisfério sul à
noite e no norte durante a manhã. Sua abordagem, mais próxima da Terra,
acontecerá cerca de 19h26min (UTC) quando atingirá seu maior tamanho para
observação, mesmo assim, ainda com pouca luminosidade para observação a olho nu.
O ponto de melhor visão, para
os astrônomos, será na Indonésia, segundo cientistas da NASA. Europa Oriental,
Ásia e Austrália também poderão fornecer local de boa observação do corpo
celeste, que passará numa velocidade de 28.000 km/h .
O
asteróide foi descoberto apenas no ano passado, por astrônomos, no sul da
Espanha. A equipe estava operando a partir do observatório de Sagra - La
Sky Survey perto de Granada, na Espanha. Este observatório
utiliza telescópios automatizados para acompanhar pequenos asteróides e
cometas. O asteróide 2012 DA14 foi descoberto depois que
os astrônomos decidiram procurar áreas do céu, onde asteróides não são
geralmente vistos. Seu período orbital em torno do sol é muito próximo do nosso,
368 dias, e ele tem feito uma abordagem cada vez mais estreita, a cada ano. Mas
os cientistas garantem que ele deve manter esta órbita pelo menos nas próximas
três décadas.
O
Dr. Gerhard Drolshagen, um dos observadores de objetos próximos à Terra da Agência
Espacial Européia (SSA) disse: “Em tempos
futuros a possibilidade de uma colisão não pode ser completamente excluída. É
altamente improvável, mas a probabilidade é maior do que zero”.
Fonte:
Daily Mail UK – Science
Leia
a matéria em inglês AQUI
Tradução
e adaptação de texto: Gério Ganimedes
Comentário do Autor
Para
aqueles que já estão falando sobre a possibilidade de colisão com a Terra, em
função do asteróide ser de constituição básica ferrosa (ferrita ou ferrite - A
ferrita ou ferrite é uma fase sólida componente do diagrama Fe - C onde a solubilidade do carbono no
ferro é pequena, a qual apresenta estrutura cristalina CCC - cúbica de corpo
centrado), e ocorrer uma
provável ação da força de atração gravitacional da Terra sobre o corpo rochoso,
mudando sua órbita e colocando-o em rota de colisão com o nosso planeta, eu diria
que esta possibilidade está seguramente descartada, diante da órbita constante,
tamanho (proporções reduzidas) e a alta velocidade da rocha espacial.
A
título de curiosidade, uma pedra semelhante a esta foi responsável pelo
conhecido evento na floresta de Tunguska, quando em 30 de junho de 1908, as
margens do rio Podkamennaya
Tunguska, na Sibéria, uma onda de choque criada pela explosão de uma rocha
espacial, com potência cem vezes maior que a bomba de Hiroshima, devastou 2.000
Km2 de floresta.
Então,
senhores caçadores de rochas espaciais, por favor, fiquem bem e de preferência
bem alertas!
Gério Ganimedes
Direitos
Reservados – Projeto Quartzo Azul©©
Será possível visualizar este asteróide no Brasil??
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