Imagem atualizada do sol - crédito: SDO(NASA)
Por Gério Ganimedes
13 de Fevereiro
de 2013 - Meteorologistas
do clima espacial dizem que o Máximo Solar acontece em 2013 e alertam, para que
a Organização das Nações Unidas (ONU) esteja pronta para tomar medidas de
organizar uma resposta internacional às tempestades espaciais.
Em
1958, uma Assembléia Geral na ONU reconheceu o interesse comum da humanidade
para promover o uso pacífico do espaço exterior e desejando evitar a extensão
das atuais rivalidades nacionais a este novo campo de batalha. Foi criada então
a Comissão para o Uso Pacífico do Espaço Exterior (COPUOS).
O
COPUOS tornou-se um fórum para o desenvolvimento de leis e tratados que regem
as atividades espaciais. Além disso, um cenário para a cooperação internacional
com problemas que nenhuma nação pode lidar sozinha. Como o passar dos anos e com
a adesão de 18 para 74 nações ao COPUOS o Comitê cresceu, assim como os itens
de preocupação global também. Detritos espaciais, asteróides próximos da Terra,
baseado no espaço de gestão de desastres, e de navegação global foram novos
itens adicionados à agenda regular do comitê. Em cada reunião anual, em Viena,
Áustria, membros do COPUOS fazem conferências sobre estas questões, que
apresentam algum desafio ou perigo para todo o planeta.
Este ano, um
novo item está na agenda: O Clima Espacial.
Segundo
o que diz Lika Guhathakurta, da sede da NASA em Washington, “Este é um desenvolvimento significativo”,
ao adicionar o Clima Espacial na agenda regular de Ciência e da Subcomissão
Técnica do COPUOS.
A ONU está reconhecendo a
atividade solar como uma preocupação, do mesmo grau de risco que os detritos
orbitais e asteróides que se aproximam da Terra.
O
clima espacial é o equivalente ao clima na Terra. Em vez de vento, chuva e
neve, no entanto, no espaço temos tempestades de radiação, vento solar,
erupções e ejeções de massa coronal. A fonte do clima espacial é o sol, e,
apesar das tempestades solares serem lançadas a noventa e três milhões de
milhas da Terra, elas podem fazer-se sentir no nosso planeta. “Fortes tempestades solares podem derrubar a
força, desativar satélites e embaralhar GPS", diz Guhathakurta.
“É um problema global agravado
pela crescente dependência mundial em tecnologias eletrônicas sensíveis”.
Esta
semana, os membros da Subcomissão de Ciência e Tecnologia estão ouvindo falar
sobre alguns dos impactos econômicos potenciais do clima espacial. Por exemplo,
os modernos sistemas de perfuração do solo para exploração de petróleo e gás,
freqüentemente envolvem perfuração direcional em reservatórios profundos na
Terra. Esta técnica de perfuração depende de posicionamento preciso usando
sistemas globais de navegação. No caso do sol interferir na recepção de
sistemas de GPS, as brocas de perfuração poderão perfurar no lugar errado. Partículas
energéticas solares, atingindo os pólos magnéticos, podem forçar a mudança de
rota de vôos de companhias aéreas internacionais, o que resultaria em atrasos e
aumento do consumo de combustível. Correntes geradas em terra, induzidas por
tempestades magnéticas, podem danificar transformadores e aumentar a corrosão em
oleodutos.
“O clima espacial é um perigo
significativo natural que requer preparação global”, diz o professor Hans Haubold no Escritório
das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior. “Este
novo item da agenda, ligado às ciências e tecnologia espacial é para o
benefício de toda a humanidade”.
A
inclusão do item do clima espacial na agenda do COPUOS coincide com o décimo aniversário
da International Living em 14 de fevereiro de 2013. O programa é um grupo de
nações que se uniram em 2003 para estabelecer as bases para a cooperação
mundial no estudo do clima espacial. A ONU vai ajudar a levar os seus esforços
para o próximo nível.
A
chave do problema para a ONU é ajudar a resolver problemas durante os apagões, na
cobertura da tempestade em torno de nosso planeta. Quando uma tempestade solar
varreu a Terra no passado, ondas de propagação ionizadas na atmosfera superior
da Terra, geraram fluxos de corrente elétrica através do solo e o campo magnético
do planeta inteiro começou a tremer.
“Estes são fenômenos globais”,
diz Guhathakurta, “por isso temos de ser capazes de controlá-los por todo o
mundo”.
Agora
que o Clima Espacial foi elevado a um lugar permanente na agenda do COPUOS,
será uma questão de conversa normal entre os diplomatas da ONU, cientistas e
planejadores de emergência.
Fonte:
Spaceweather.com e NASA Science News
Tradução
e adaptação de texto: Gério Ganimedes
Sentiram
a preocupação da ONU? Bem... Até sua santidade o Papa Bento XVI está preocupado. Lembram deste post? (A NASA e o Vaticano de Olho nos Céus). No entanto, muito fui criticado por expor aqui
no PQA alertas solares. Diziam que eu estava exagerando, que eu estava gerando
pânico sem fundamentos, sensacionalismo para render visitas à página, sobre
algo que não causaria nada, que isto só aconteceria daqui a centenas de anos e
até mesmo milhões de anos. Sim realmente pode nada acontecer de imediato, mas
os bem avisados e conhecedores esclarecidos, podem pelo menos, compreender
melhor a causa e tentar minimizar as conseqüências. Assim os leitores e amigos, não ficam como “cegos numa orgia tendo que apalpar”.
Então, se a ONU e o comitê estão preocupados, e justamente durante o período de
Máximo Solar, resolvem reunirem-se para confabular, é porque os gráficos e
relatórios científicos significativos começaram a preocupar os governantes, e a
sala do comitê ficou mais quente que a corona solar.
Como
dizia meu finado pai: “A chapa está
esquentando”.
Fiquem
bem
Gério Ganimedes
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Ola Gerio sou uma visitante constante do blog e fico feliz em ver que retomou as postagens muito interessantes e explicativas para nos
ResponderExcluiraprendi muito aqui e com tudo que é colocado no chat as discussões sobre eventos que envolvem a todos nos que somos leigos em assuntos de astronomia,
parabéns e vamos em frente como dizia minha avó cego é aquele que não quer ver e onde tem fumaça tem coisa pegando fogo
abraços
Quero ver o que os imbecis do site Apollo 11, vão dizer, porque eles alegam que nada vai acontecer. Porque eles não mandam uma mensagem para ONU, desmentindo-os? não são os """especialistas"""? kkkkk.
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