Foto/crédito: NASA
Por Gério Ganimedes
O gigantesco asteroide Apophis está voando em
direção a Terra e de acordo com cálculo de trajetória, fórmulas e teorias, sua
colisão com a Terra pode ser possível em 2036. Num caso positivo de acontecer à
colisão, as consequências podem ser catastróficas. Na opinião do vice-chefe, da
agência russa de pesquisas cósmicas Roskosmos, Vitali Davidov, o Apophis irá
causar destruições maiores do que o meteorito de Tunguska. No entanto, quanto
aos estragos reais, que esta imensa rocha, pode causar, podemos ter apenas
noção, baseados nos inúmeros filmes de classe A, B ou C que já circularam pelas
telas de cinema e da televisão. Medir as reais consequências, penso que apenas
vivendo o incidente para termos a real dimensão do estrago. Se atingir um
oceano, deserto, floresta ou uma cidade as variáveis são distintas e o
resultado diretamente proporcional. Muitos de nós com certeza até lá não
estarão mais aqui, então para não tornar as coisas piores e deixar o clima
tenso, vamos apenas relatar o que é divulgado nos meios “oficiais”.
Notícia divulgada pelo portal Voz da Rússia
Em 2029 será
possível calcular com precisão se haverá ou não uma colisão do Apophis com a
Terra. A esta altura, o asteroide, que também gira em torno do Sol, irá aproximar-se
a uma distância muito pequena do nosso planeta – cerca de 30 mil quilômetros. O
maior desgosto, que a população da Terra vai enfrentar, neste caso, é a cessação
do funcionamento de aparelhos de televisão, pois os satélites geoestacionários
se encontram, precisamente, a esta distância da Terra. Mas depois de penetrar
no campo gravitacional da Terra, o Apophis pode alterar a sua trajetória e sete
anos depois, quando se der mais uma aproximação do nosso planeta, pode ocorrer à
catástrofe, adverte Serguei Naroenkov, perito em ameaça cósmica do Instituto de
astronomia da Academia de Ciências da Rússia.
“Atualmente estima-se que as dimensões do asteroide Apophis são cerca de
230 – 300 metros. A queda de um corpo deste tamanho na Terra acarretará uma catástrofe
de envergadura regional. Ao cair numa superfície sólida, o asteroide pode
destruir tudo à distância de cem quilômetros do local da queda. Além disso,
haverá um terremoto de magnitude sete na escala Richter. Se o Apophis cair na
água, haverá um tsunami”.
Os
especialistas pensam já agora em como afastar da gente a ameaça do Apophis.
Foram propostas diversas variantes. Pode-se pintar um lado do asteroide com
tinta branca. A cor branca reflete a luz, portanto os raios solares irão
aquecer de uma forma irregular a superfície do Apophis o que irá alterar,
afinal, a trajetória do seu voo. Pode-se explodir o asteroide, mas isso encerra
outro perigo: os seus fragmentos pequenos irão perfurar como metralha a
atmosfera e as consequências disso na Terra serão ainda mais graves. A variante
mais real é lançar um “rebocador”, que leve o asteroide consigo, - opera
Serguei Naroenkov.
“Trata-se de um aparelho, instalado bem perto do corpo do asteroide, que
cria pequenas perturbações na órbita deste corpo celeste. Os comandos
transmitidos para este aparelho permitirão deslocar um pouco o asteroide a fim
de evitar trajetórias perigosas, isto é, fazer que o asteroide atravesse um
pouco mais cedo o ponto de colisão com a Terra ou, pelo contrário, um pouco
mais tarde”.
Mas é
preciso pôr em andamento este projeto já agora, visto que a sua realização
requer tempo. Em 2029, quando será possível avaliar com alta precisão a
probabilidade da colisão do asteroide com a Terra, já será tarde enviar o
rebocador, - adverte o cientista.
Aliás, nem
todos os especialistas compartilham deste ponto de vista “pânico”. Yuri Karach, membro-correspondente da Academia Rússia de
Cosmonáutica “Tsiolkovski”, supõe que o espaço cósmico encerra ameaças muito
mais sérias para a humanidade.
“A milhares de anos-luz de nós existe uma estrela binária, que gira em
torno de certo centro de massas. Existe a probabilidade de que um dia ela
dispare um feixe de Raios Roentgen (Raios-X).
Se este feixe acertar a Terra, nós todos seremos submetidos à
espectrofluorometria permanente, durante vários anos. Que acha desta
perspectiva? Mas isso é perfeitamente real e a defesa contra este fenômeno é
impossível. Uma vez que a estrela binária está a milhares anos-luz de nós, não
podemos tomar nenhuma medida preventiva”.
Existe
também mais um ponto de vista. Os cientistas assustam com semelhantes “horrores” a fim de conseguir o aumento
do ramo cósmico. Atualmente estima-se que existe uma única chance entre 250 mil
de que o Apophis venha a colidir com a Terra. Esta probabilidade até que não é
muito grande.
Fonte: Voz da Rússia
Leia a notícia na fonte de origem AQUI
Texto de abertura, edição e montagem: Gério Ganimedes
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Eusabia deste apophis desde 2010 eles não vão nos avisar quando chegar a hora
ResponderExcluirGério,
ResponderExcluirCom exceção dessa desconfiança, por algumas vezes desnecessária, " nos meios “oficiais”, o artigo em si está supimpa! Meus sinceros parabéns!
Coeso, direto e muito, muito racional - como a vida tem que ser.
Mais uma vez, parabéns pelo artigo!
Obs: destaco este ótimo trecho:
"então para não tornar as coisas piores e deixar o clima tenso". Está corretíssimo.
Oi Gério tudo bem ?O que a espectrofluometria permanente poderia nos causar de concreto?Este Apophis é o mesmo meteoro de Nostradamus ... "Grande montanha esférica que rolará ponta sobre ponta" ...?
ResponderExcluirAsteróides e meteoros "chocarem-se" contra a Terra e contra
ResponderExcluiros outros astros é comum.
O detalhe é que esse "comum" comparando-se a contagem de
tempo na Terra com a contagem de tempo tem uma "leve"
discrepância.
Se para a humanidade, décadas, centenas, milhares ou milhões
de anos representa muito tempo, na contagem de tempo cósmica
é apenas um piscar de olhos.
Oráculo
P.S. O detalhe é que esse "comum" comparando-se a
Excluircontagem de tempo na Terra com a contagem de
tempo CÓSMICA tem uma "leve" discrepância.
Oráculo
Meh....
ResponderExcluirDuvido que um mero asteroide colida com a Terra, tem muita gente "la fora" que mantem interesse constante no planeta, duvido que iam deixar uma pedrinha acabar com todo o parque de diversão deles...