sábado, 28 de abril de 2012

APOPHIS Um Míssil Interplanetário Ruma ao Alvo - Terra


Foto/crédito: NASA


Por Gério Ganimedes


O gigantesco asteroide Apophis está voando em direção a Terra e de acordo com cálculo de trajetória, fórmulas e teorias, sua colisão com a Terra pode ser possível em 2036. Num caso positivo de acontecer à colisão, as consequências podem ser catastróficas. Na opinião do vice-chefe, da agência russa de pesquisas cósmicas Roskosmos, Vitali Davidov, o Apophis irá causar destruições maiores do que o meteorito de Tunguska. No entanto, quanto aos estragos reais, que esta imensa rocha, pode causar, podemos ter apenas noção, baseados nos inúmeros filmes de classe A, B ou C que já circularam pelas telas de cinema e da televisão. Medir as reais consequências, penso que apenas vivendo o incidente para termos a real dimensão do estrago. Se atingir um oceano, deserto, floresta ou uma cidade as variáveis são distintas e o resultado diretamente proporcional. Muitos de nós com certeza até lá não estarão mais aqui, então para não tornar as coisas piores e deixar o clima tenso, vamos apenas relatar o que é divulgado nos meios “oficiais”.

Notícia divulgada pelo portal Voz da Rússia

Em 2029 será possível calcular com precisão se haverá ou não uma colisão do Apophis com a Terra. A esta altura, o asteroide, que também gira em torno do Sol, irá aproximar-se a uma distância muito pequena do nosso planeta – cerca de 30 mil quilômetros. O maior desgosto, que a população da Terra vai enfrentar, neste caso, é a cessação do funcionamento de aparelhos de televisão, pois os satélites geoestacionários se encontram, precisamente, a esta distância da Terra. Mas depois de penetrar no campo gravitacional da Terra, o Apophis pode alterar a sua trajetória e sete anos depois, quando se der mais uma aproximação do nosso planeta, pode ocorrer à catástrofe, adverte Serguei Naroenkov, perito em ameaça cósmica do Instituto de astronomia da Academia de Ciências da Rússia.

“Atualmente estima-se que as dimensões do asteroide Apophis são cerca de 230 – 300 metros. A queda de um corpo deste tamanho na Terra acarretará uma catástrofe de envergadura regional. Ao cair numa superfície sólida, o asteroide pode destruir tudo à distância de cem quilômetros do local da queda. Além disso, haverá um terremoto de magnitude sete na escala Richter. Se o Apophis cair na água, haverá um tsunami”.

Os especialistas pensam já agora em como afastar da gente a ameaça do Apophis. Foram propostas diversas variantes. Pode-se pintar um lado do asteroide com tinta branca. A cor branca reflete a luz, portanto os raios solares irão aquecer de uma forma irregular a superfície do Apophis o que irá alterar, afinal, a trajetória do seu voo. Pode-se explodir o asteroide, mas isso encerra outro perigo: os seus fragmentos pequenos irão perfurar como metralha a atmosfera e as consequências disso na Terra serão ainda mais graves. A variante mais real é lançar um “rebocador”, que leve o asteroide consigo, - opera Serguei Naroenkov.

“Trata-se de um aparelho, instalado bem perto do corpo do asteroide, que cria pequenas perturbações na órbita deste corpo celeste.  Os comandos transmitidos para este aparelho permitirão deslocar um pouco o asteroide a fim de evitar trajetórias perigosas, isto é, fazer que o asteroide atravesse um pouco mais cedo o ponto de colisão com a Terra ou, pelo contrário, um pouco mais tarde”.

Mas é preciso pôr em andamento este projeto já agora, visto que a sua realização requer tempo. Em 2029, quando será possível avaliar com alta precisão a probabilidade da colisão do asteroide com a Terra, já será tarde enviar o rebocador, - adverte o cientista.

Aliás, nem todos os especialistas compartilham deste ponto de vista “pânico”. Yuri Karach, membro-correspondente da Academia Rússia de Cosmonáutica “Tsiolkovski”, supõe que o espaço cósmico encerra ameaças muito mais sérias para a humanidade.

“A milhares de anos-luz de nós existe uma estrela binária, que gira em torno de certo centro de massas. Existe a probabilidade de que um dia ela dispare um feixe de Raios Roentgen (Raios-X). Se este feixe acertar a Terra, nós todos seremos submetidos à espectrofluorometria permanente, durante vários anos. Que acha desta perspectiva? Mas isso é perfeitamente real e a defesa contra este fenômeno é impossível. Uma vez que a estrela binária está a milhares anos-luz de nós, não podemos tomar nenhuma medida preventiva”.

Existe também mais um ponto de vista. Os cientistas assustam com semelhantes “horrores” a fim de conseguir o aumento do ramo cósmico. Atualmente estima-se que existe uma única chance entre 250 mil de que o Apophis venha a colidir com a Terra. Esta probabilidade até que não é muito grande. 

Fonte: Voz da Rússia
Leia a notícia na fonte de origem AQUI
Texto de abertura, edição e montagem: Gério Ganimedes
Direitos Reservados - Projeto Quartzo Azul©©

6 comentários:

  1. Eusabia deste apophis desde 2010 eles não vão nos avisar quando chegar a hora

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  2. Gério,

    Com exceção dessa desconfiança, por algumas vezes desnecessária, " nos meios “oficiais”, o artigo em si está supimpa! Meus sinceros parabéns!

    Coeso, direto e muito, muito racional - como a vida tem que ser.

    Mais uma vez, parabéns pelo artigo!

    Obs: destaco este ótimo trecho:

    "então para não tornar as coisas piores e deixar o clima tenso". Está corretíssimo.

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  3. Oi Gério tudo bem ?O que a espectrofluometria permanente poderia nos causar de concreto?Este Apophis é o mesmo meteoro de Nostradamus ... "Grande montanha esférica que rolará ponta sobre ponta" ...?

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  4. Asteróides e meteoros "chocarem-se" contra a Terra e contra
    os outros astros é comum.

    O detalhe é que esse "comum" comparando-se a contagem de
    tempo na Terra com a contagem de tempo tem uma "leve"
    discrepância.

    Se para a humanidade, décadas, centenas, milhares ou milhões
    de anos representa muito tempo, na contagem de tempo cósmica
    é apenas um piscar de olhos.


    Oráculo

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    Respostas
    1. P.S. O detalhe é que esse "comum" comparando-se a
      contagem de tempo na Terra com a contagem de
      tempo CÓSMICA tem uma "leve" discrepância.

      Oráculo

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  5. Meh....

    Duvido que um mero asteroide colida com a Terra, tem muita gente "la fora" que mantem interesse constante no planeta, duvido que iam deixar uma pedrinha acabar com todo o parque de diversão deles...

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