Foto/crédito: Arquivo Projeto Quartzo Azul©©
Por Gério Ganimedes
Os raios cósmicos, de fora do nosso sistema solar, constantemente pulverizam a superfície de nosso satélite natural, mudando fundamentalmente a química, a cor do gelo e os resíduos de poeira do relevo lunar. As novas medições desta força de radiação cósmica foram feitas pela Sonda de Reconhecimento Lunar da NASA e mostram que estes raios cósmicos podem causar alteração química significativa na superfície da Lua. Por exemplo, quando as partículas de gelo sofrem o impacto desta radiação espacial, sofrem ruptura das moléculas de água congelada liberando oxigénio, que então livre, liga-se com o carbono formando moléculas prebióticas orgânicas. As medições também podem ajudar aos cientistas, testar modelos teóricos de meio ambiente da radiação lunar. Isso seria de extrema importância, pois os raios cósmicos apresentam um risco significativo de radiação para astronautas em viagens espaciais. O novo estudo vai ajudar a encontrar métodos de proteção necessária para proteger os astronautas.
Os raios cósmicos são predominantemente prótons, elétrons e núcleos carregados de elementos básicos. Eles fluem em nosso sistema solar a partir de outro lugar da galáxia e os seus caminhos são refratados pelos campos magnéticos do Sol e da Terra. Enquanto a atmosfera do nosso planeta nos protege do impacto de raios cósmicos, a Lua, que não tem atmosfera, está exposta a sua força total.
As novas descobertas são especialmente úteis, porque os pesquisadores usaram no novo estudo, uma metodologia que mede a quantidade de radiação que atravessa uma camada de plástico projetado para simular o tecido humano, revelando assim, a quantidade de radiação que provavelmente passaria pelos corpos dos astronautas. Além disso, as medições foram feitas durante um período pesado de radiação de raios cósmicos, especialmente porque a experiência foi realizada num período de calmaria na atividade solar, que de outra forma, quando em alta atividade, teria amortecido os raios cósmicos.
Comentário do Autor
Repararam que nem sempre a alta ativide solar é prejudicial? Pois bem, de acordo com o estudo, a alta atividade de nossa estrela, reduz a incidência dos nocivos e até mortais raios cósmicos, que nos atingem, logo se estamos num período em que uma "energia relativamente alta e desconhecida", flui de algum local da galáxia em direção a Terra, é bom para todos nós que, tenhamos além de nosso escudo protetor a magnetosfera, outro forte aliado - o Sol.
Fiquem bem
Fonte: Daily Mail – UK Ciência
Tradução totalmente adaptada: Gério Ganimedes
Direitos Reservados – Projeto Quartzo Azul©©
Nenhum comentário:
Postar um comentário