O LkCa 15 b está a 450 anos-luz de distância da Terra e esta sendo contruido de poeira e gás que o cerca. Esta ilustração feita por artistas da Universidade do Havaí, mostra como o planeta se encontra perto da estrela, enquanto um disco de poeira que o cerca está mais longe. É o mais jovem planeta já encontrado.
Telescópio capta a primeira imagem de novo mundo se formando em volta de uma estrela
Um astrônomo da Universidade do Havaí utilizado os telescópios gêmeos Keck de 10 metros, em Mauna Kea consegue capturar a primeira imagem direta de um planeta se formando em torno de uma estrela.
Os cientistas usaram espelhos para "cancelar" a luz das estrelas. Geralmente é impossível capturar tais "nascimentos" porque a luz da estrela-mãe se sobrepõe.
Quatro das imagens “scaneadas”, que permitiram que os astrônomos "vissem" o LcKa 15d - e perceberem que este, estava cercado por um "disco" de poeira que mostrou que ainda estava se formando.
O planeta, chamado de LkCa 15 b, é um "protoplaneta" quente, cercado por nuvens frias de gás e poeira, que estão caindo no planeta ainda em formação. O LkCa 15b vai se tornar um gigante gasoso semelhante a Júpiter. Adam Kraus do Instituto de Astronomia diz que, foram usados para encontrar o planeta, os telescópios de Mauna Kea, os maiores telescópios ópticos/infravermelhos do mundo. Ele estava trabalhando com Michael Irlanda da Universidade de Macquarie e do Observatório Astronômico da Austrália. Kraus apresentou a descoberta na quarta-feira ao Centro de Vôo Espacial Goddard da NASA, em Maryland.
“O LkCa 15 b é o mais jovem planeta já encontrado, cerca de 5 vezes mais jovem que o detentor do recorde anterior”, disse Kraus. “Este gigante gasoso joven está sendo construído pela poeira e gás que o cerca. No passado, você não poderia mensurar esse tipo de fenômeno, porque isso está acontecendo muito próximo da estrela, mas pela primeira vez, nós fomos capazes de medir diretamente o próprio planeta, bem como o conjunto de poeira em torno dele”.
O truque óptico usado pelos astrônomos foi combinar o poder da óptica adaptativa do telescópio - Keck com uma técnica chamada interferometria da máscara de abertura. O primeiro é o uso de um espelho deformável para rapidamente corrigir distorções atmosféricas da luz das estrelas. Este último envolve a colocação de uma pequena máscara com vários buracos no caminho da luz coletada e concentrada por um telescópio gigante. Com isso, os cientistas podem manipular as ondas de luz.
“É como se tivéssemos um conjunto de pequenos espelhos”, disse Kraus. “Podemos manipular a luz e cancelar as distorções”.
A técnica permite que os astrônomos bloqueiem a luz brilhante de estrelas. Eles podem, então, constrastar os discos de poeira em torno das estrelas e ver as lacunas nas camadas de poeira onde os “protoplanetas” podem estar escondidos.
"Interferometria realmente já estava sendo usada, a aproximadamente, desde 1800, mas através do uso de ótica adaptativa só foi capaz de se chegar perto de sóis jovens nos últimos sete anos", disse o Dr. Irlanda. "Desde então estamos tentando empurrar a técnica a seus limites com os maiores telescópios do mundo, especialmente o Keck".
“Percebemos que tínhamos descoberto um planeta gasoso de super tamanho tal qual Júpiter, mas que também poderiamos medir a poeira e gás que o rodeiam. Nós tínhamos encontrado um planeta em seu início”, disse Kraus.
Fonte: Daily Mail – UK
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Tradução e adaptação de texto: Gério Ganimedes
Comentário do Autor
“Do pó ao pó, vida se transformando em poeira, poeira se tornando vida. Somos, assim como o universo, um ciclo infinito de vida e morte, mas o funil cósmico do universo nos empurra sempre numa única direção – transformação, evolução, mutação, sempre fluindo como uma energia mágica para alcançar a perfeição”.
Gério Ganimedes
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Quando Deus disse ...." crescei e multiplicai-vos"
ResponderExcluirestá valendo até o dia de hoje ! A criação de Deus é infinita, e há espaço suficiente para tal. Isso que eu admiro!