Ilustração - Gério Ganimedes
O satélite universitário Tatiana 2, da Universidade Estatal de Moscou, descobriu um fenômeno físico único no espaço cósmico. Trata-se de luminescências atmosféricas de curta duração que se verificam nas regiões do globo terrestre onde não existem tempestades, relâmpagos e nuvens.
Fenômeno de Luminescência
registrado por Gério Ganimedes - PQA
O programa científico do satélite “Tatiana – 2”, representam a continuação das pesquisas efetuadas pelo satélite estudantil “Tatiana – 1”, em 2005. Naquele caso nas camadas superiores da atmosfera foram registradas luminescências atmosféricas de curta duração, chamadas "sprites”, “elfos” ou jatos azuis. Os cientistas supõem que eles estão relacionados a fenômenos de tempestade. “Acima dos locais onde ocorre a tempestade, bem alto na atmosfera podem nascer descargas elétricas que geram a luminescência da atmosfera e, provavelmente, também fluxos de partículas carregadas – elétrons, nêutrons e quanta - gama”, - revelou à “Voz da Rússia” Mikhail Panaciuk, diretor do Instituto de Pesquisas Cientificas “Skobeltsin” junto da Universidade de Moscou. No entanto, o satélite “Tatiana – 2” registrou fulgurações atmosféricas mesmo nos locais em que elas não deveriam existir, - diz o cientista.
Não esperávamos que semelhantes fenômenos pudessem ser vistos sobre as regiões onde não existiam relâmpagos, nem nuvens. Por exemplo, o fenômeno de luminescência da atmosfera foi registrado sobre o deserto de Saara. Estes fenômenos são interessantes pois, apesar de instantâneos, emitem um grande volume de energia. Semelhantes fenômenos representam perigo potencial para as aeronaves, capazes de deslocar-se à altura de dezenas de quilômetros. Estão a ser feitos trabalhos nesta esfera, devemos compreender o grau de perigosidade de semelhantes fenômenos para as aeronaves que vooam nas camadas superiores da atmosfera terrestre.
O cientista revelou que as fulgurações de luz têm um caráter coerente. “O satélite voou dez quilômetros ao longo da sua trajetória e nós registramos permanentemente emissões de radiação luminosa ultravioleta. Este é um resultado espantoso sob o ponto de vista da física, que não teve por enquanto uma interpretação unânime”, - diz Mikhail Panaciuk. Na sua opinião, o satélite “Lomonssov”, - um veículo espacial ainda mais perfeito da Universidade de Moscou, - pode levantar ainda mais o véu de mistério que encobre estes fenômenos cósmicos únicos... O lançamento do satélite “Lomonossov” foi marcado para a primavera de 2012. Espera-se que este veículo espacial continue o estudo de fenômenos extremos na atmosfera da Terra e nas esferas mais próximas do espaço cósmico.
Fonte: Voz da Rússia
Link da notícia AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário