Por Gério Ganimedes
A cada novo resultado, fornecido pelas pesquisas, sobre estes “Ralos Cósmicos”, novas evidências me levam a acreditar que estamos na verdade diante de um ser vivo transformador de energia. Vejo um buraco negro, não só como um corpo celeste, mas um ser gigantesco com uma fome descontrolável, um “Glutão do Espaço”.
Pesquisadores descobriram que os buracos negros são mantidos e alimentados por fluxos de plasma que chegam a atingir 100.000 quilômetros por segundo. Estes buracos negros gigantescos encontrados no interior das galáxias são refreados, por fluxos em altíssima velocidade que giram destroçando e absorvendo tudo a sua volta. De acordo com um estudo recente, realizado por Francesco Tombesi do “Goddard Space Flight Center” da NASA em Greenbelt, foi possível, utilizando dados recolhidos pela Agência Espacial Européia, no Observatório de Raios-X (XMM-Newton), ver um pouco mais destas "estruturas". Ele descobriu que esses fluxos de energia, emitidos na saída dos buracos negros, chamados de “fluxos ultra-rápidos” estão exercendo uma enorme influência sobre o número de estrelas das galáxias e o respectivo tamanho dos buracos negros em seu centro. O estudo se baseia em uma observação dos astrônomos, nos últimos anos, de que havia uma forte correlação entre a massa de um buraco negro e o número de estrelas em toda a galáxia. No meu modo de ver quanto mais estrelas, planetas e detritos, maior a "fome" e consequentemente uma "boca" maior.
Os resultados preliminares da pesquisa encaminham o foco para uma conclusão de que, Buracos Negros parecem residir em galáxias que contêm mais estrelas e que também se movem mais rápido. O intrigante é que os cientistas acreditavam que a influência gravitacional de um buraco negro não deveria ser capaz de cobrir toda uma galáxia. Percebe-se com este novo estudo que estes “Glutões” do espaço agem muito além da área que os pesquisadores acreditavam.
O que Tombesi e seus colegas acreditam e eu penso da mesma forma, é que as ejeções “Azul-Cinza”, ultrarápidas, que emanam a partir do Disco de Acreção de um buraco negro criam um “olho” com milhões de graus de temperatura, onde o gás natural que o rodeia, poderia ser o responsável. Estes fluxos que circundam o eixo do “olho” do buraco negro têm velocidades icomensuráveis, que vão de 10.000 e 100.000 quilômetros por segundo.
Disco de Acreção - "O Prato do Devorador"
Dá-se o nome de disco de acreção à estrutura formada por materiais difusos em movimento orbital ao redor de um corpo central. Este último costuma ser uma estrela jovem, uma proto-estrela, uma anã branca, uma estrela de nêutrons ou um buraco negro. A ocorrência de instabilidades no disco provoca a redistribuição do momento angular, o que faz os materiais dentro do disco espiralarem-se em direção ao corpo central. A energia gravitacional emitida no processo é transformada em calor e irradiada na superfície do disco, na forma de radiação eletromagnética. A faixa de frequência desta radiação depende do corpo central. Os discos de acreção de estrelas jovens e de proto-estrelas, irradiam em infravermelho, enquanto que os das estrelas de nêutrons e dos buracos negros irradiam na porção de raios-X do espectro eletromagnético.
Disco de Acreção - Imagem: Wikipédia
No ciclo elementar da vida, para sobrevivermos necessitamos nos alimentar, tranformar o que digerimos em energia, em força motora e espiritual. Tudo no universo funciona assim. Destroçamos elementos, para transformar detritos em energia e luz. Como já disse e mantenho minha posição, Buracos Negros são seres vivos, com personalidade, características e atividades ímpares, que através de estudo e observação, quem sabe, poderemos traçar seus perfis “psicológicos” e prever seus movimentos e as intenções destes “comilões do espaço”.
Fonte: Daily Mail – UK, Space.com, Revista Science e Wikipédia.
Texto: Gério Ganimedes
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