A Sonda IBEX da NASA detectou partículas alienígenas neutras, que entram no nosso sistema solar a partir do espaço interestelar. A descoberta feita pela nave da agência, a Exploradora de Fronteira Interestelar (IBEX), dá o vislumbre mais completo do que está além do nosso sistema solar.
Os pesquisadores estão confiantes de que a novas medições irão fornecer pistas sobre como e onde o nosso sistema solar se formou, as forças que lhe dão forma física e a história de outras estrelas na Via Láctea. Há uma década a sonda Ulysses detectou hélio neutro, entretanto agora, a IBEX em órbita, observou outros três tipos de átomo incluindo hidrogênio, oxigênio e neon - a matéria-prima para a formação de novas estrelas, planetas e até mesmo seres humanos.
Esses átomos interestelares são os subprodutos de estrelas mais velhas, que são sopradas pelo vento interestelar. Os pesquisadores descobriram 74 átomos de oxigênio para cada 20 átomos de neon com o vento interestelar. Em nosso próprio sistema solar, existem 111 átomos de oxigênio para cada 20 átomos de néon.
Enquanto no big bang, inicialmente são criados hidrogênio e hélio, só nas explosões de supernovas, ou seja, no final da vida de uma estrela, pode espalhar os elementos mais pesados de oxigênio e neon através da galáxia. Com isso os cientistas desta nova pesquisa podem agora serem capazes de mapear como a nossa galáxia evoluiu e mudou ao longo do tempo.
“No início havia apenas hidrogênio e hélio”, disse o professor da Universidade de New Hampshire e membro da equipe da IBEX em Los Alamos.
Segundo ele, “Estes dois elementos formaram as primeiras estrelas”. “Quando essas estrelas morreram, elas vomitaram seu material, incluindo novos elementos criados através do processo de fusão nuclear, para o espaço”.
“Nós podemos dizer muito sobre a evolução do nosso universo e talvez ganhar a introspecção em outras galáxias e sistemas planetários por meio da análise dessas partículas”.
As imagens da IBEX têm sido capazes de obter e fornecer aos pesquisadores mais informações sobre nossa vizinhança galáctica e levantar algumas questões prementes sobre o assunto.
Segundo o investigador principal do IBEX, David McComas no “Southwest Research Institute”, em San Antonio, “Nosso sistema solar é diferente do que o espaço lá fora, o que sugere duas possibilidades”.
“Ou o sistema solar evoluiu em uma parte separada, mais rica em oxigênio, do que a galáxia onde atualmente reside, ou uma grande dose crítica de oxigênio se encontra presa aos grãos de poeira interestelar, ou gelados, incapazes de se moverem livremente através do espaço”.
Os cientistas agora querem usar a nova pesquisa para ajudar a descobrir o que compõe o meio interestelar, a região de fronteira que separa os confins da nossa galáxia da nossa heliosfera. Isto protege a esfera de nosso sistema solar da radiação cósmica perigosa vinda do espaço interestelar. Para fazer isso, eles mediram a quantidade de pressão que o vento interestelar tem sobre a heliosfera.
Eric Christian cientista integrante da missão IBEX da NASA no Goddard Space Flight Center em Greenbelt, Md, disse: “Medir a pressão do material na galáxia e os campos magnéticos lá fora, vai ajudar a determinar o tamanho e a forma do nosso sistema solar, à medida que viaja através da galáxia”.
A equipe IBEX também descobriu que o vento interestelar soprava em torno de 7,000 mph mais lento do que o medido anteriormente.
Fonte: Daily Mail – UK
Leia a notícia em inglês AQUI
Tradução e adaptação de texto: Gério Ganimedes
Comentário do Autor
Estas são as misteriosas forças e partículas, que estã chegando e alterando o equilíbrio e a vida em nosso sistema solar e consequentemente na Terra. Viajantes cósmicos, que atravessam fronteiras espaciais interestelares, que inevitávelmente estão nos atingindo e interagindo com os elementos químicos de todo o nosso planeta, mas que enfim, fazem parte de nossa evolução cósmica e universal.
Gério Ganimedes
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Bacana esse enfoque mais sob o ângulo da
ResponderExcluirciência que o blog começou a adotar nos
últimos dias.
Lembrando que os raios cósmicos (que de "raios"
não têm nada) são partículas que viajam pelo
meio interestelar provenientes, por exemplo,
da explosão de Supernovas, atuando no planeta
Terra, em satélites do nosso Sistema Solar e
em eventuais exoplanetas onde haja condições
climáticas para o surgimento da vida, atuando
a nível cromossômico/molecular na evolução das
espécies.
Ao contrário do que muitos pensam, o homem não
surgiu do barro:
Ele é resultado da "poeira" do Sol e da
"poeira" de outras estrelas !
Oráculo