quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Jerry Lee Lewis Estava Certo – Grandes Bolas de Fogo!



Por Gério Ganimedes

A famosa música de Jerry Lee Lewis, "Great Balls of Fire", poderia servir muito bem de trilha sonora, para os últimos eventos celestes e com certeza, iria deixar os cientistas da NASA com o extintor de incêndio na mão, para apagar o fogo de suas cabeças que já andam quentes.



Bolas de fogo em fevereiro, diz o título na página da NASA


22 de fevereiro de 2012: No meio da noite de 13 de fevereiro de 2012, algo perturbou a população de animais da zona rural da Geórgia - EUA. Vacas começaram a mugir ansiosamente e cães uivavam olhando para o céu. A causa da agitação e comoção foi uma rocha vinda do espaço.

As 01h43m horário oriental, “eu testemunhei uma bola de fogo incrível”, relata um residente local, Henry Strickland. “Era muito grande e iluminava metade do céu como se estivesse fragmentado”. “Os cães latiam muito em conjunto com a agitação do gado, que começou a fazer sons de excitação”. “Lamento não ter uma câmera... Durou cerca de 6 segundos”. Strickland testemunhou um das “incomuns”  bolas de fogo.

Bill Cooke da Divisão Ambiental de Meteoróides da NASA disse que, “Este mês, algumas grandes rochas espaciais bateram na atmosfera da Terra. Houve cinco ou seis bolas de fogo notáveis que poderiam conter meteoritos que cairam em torno dos Estados Unidos”. Não é o número de bolas de fogo que os pesquisadores estão intrigados. Até agora, a contagem de bolas de fogo em fevereiro de 2012 está dentro do normal. Em vez disso, é o surgimento e a trajetória das bolas de fogo que as diferencia.

"Essas bolas são particularmente lentas e penetrantes", explica o especialista em meteoros Peter Brown, professor de física na Universidade de Western Ontario. Elas atingem o topo da atmosfera movendo-se mais lentas do que 15 km / s, desaceleraram rapidamente, e chegam a 50 km da superfície da Terra”.

O evento começou na noite de 01 de fevereiro, quando uma bola de fogo, sobre o centro do Texas, empolgou milhares de curiosos na área de Dallas-Fort Worth.

“Foi brilhante e mais duradoura do que qualquer coisa que eu já vi antes”, relata a testemunha ocular Daryn Morran. “A bola de fogo demorou cerca de 8 segundos para cruzar o céu, eu podia ver a bola começar a abrandar... Então ela explodiu como uma bomba de artilharia ou fogos de artifícios em vários pedaços cintilou mais algumas vezes e então foi lentamente queimando” Outro observador em Coppell, Texas, relatarou “um grande e duplo estrondo quando o objeto partiu-se em dois pedaços grandes, com muitos outros pedaços menores”.

A bola de fogo era brilhante o suficiente, para ser vista em câmeras da NASA localizadas no Novo México, a mais de 500 quilômetros de distância. Foi tão brilhante quanto a Lua cheia”, diz Cooke. Com base nas imagens da NASA e outras observações, Cooke estima que o objeto tivesse de 1 a 2 metros de diâmetros.

Até agora, em fevereiro, a rede da NASA que monitora este tipo de evento, já fotografou cerca de meia dúzia de meteoros brilhantes que pertencem a esta excêntrica categoria. Eles variam em tamanho de bolas de basquete até um ônibus e todos compartilham da mesma velocidade de entrada, lenta e profunda penetração atmosférica.

Cooke analisou suas órbitas e chegou a uma conclusão surpreendente:

“Eles são todos fragmentos do cinturão de asteróides, mas não de um único local do cinturão de asteróides”, diz ele. “Não existe uma fonte comum para essas bolas de fogo, o que é intrigante”. Esta não é a primeira vez que os observadores do céu notaram bolas estranhas em fevereiro. Na verdade, as “Bolas de fogo de Fevereiro” são um como uma lenda entre os círculos de meteoros.

Brown explica: Nos anos 1960 e 1970, astrônomos amadores notaram um aumento no número de brilhantes bolas de fogo, produtoras de som e extremamente penetrantes na atmosfera no mês de fevereiro. Os números parecem significativos, especialmente quando você considera que há poucas pessoas de fora à noite, no inverno. Estudos de acompanhamento destes avistamentos realizados no final de 1980 sugerem que não houve nenhum grande aumento na taxa de bolas de fogo de fevereiro, no entanto, temos sempre que nos perguntarmos algo está acontecendo”.

De fato, num estudo de 1990, feito pelo astrônomo Ian Holliday é sugerido que as "bolas de fogo de fevereiro" são reais. Ele analisou registros fotográficos de cerca de mil bolas de fogo a partir dos anos 1970 e 80 e encontrou evidências de uma bola de fogo cruzando a órbita da Terra em fevereiro. Ele também encontrou sinais de fluxos de bolas de fogo no final do verão e outono. Os resultados são controversos, no entanto. Mesmo Halliday reconheceu algumas grandes incertezas estatísticas em seus resultados.

NASA's All-Sky Fireball Network
Rede de Vigilância do Céu para Bolas de Fogo

A Rede de varredura de bolas de fogo da NASA poderia acabar por resolver o mistério. Cooke e seus colegas estão adicionando câmeras, a esta rede o tempo todo, espalhando a cobertura da rede na América do Norte para uma amostragem densa e ininterrupta do céu noturno. O sistema inteligente da rede de câmeras de vigilância do céu transmite e mede órbitas quase que intantaneamente. Então assim a NASA logo fica sabendo quando uma enxurrada de bolas de fogo está em andamento e ainda podem dizer de onde elas estão vindo. Estes tipos de dados em tempo real são quase sem precedentes na ciência. Veja a foto da câmera de vigilânica.

 Crédito: NASA
Segundo Cooke, o mês não terminou então “se os cães começarem a latir é bom sair para dar uma olhada no céu”.


Comentário do Autor 

A NASA pode estar preocupada e de cabeça quente para saber de ondem vêm as "malditas bolas de fogo", mas eu, estou para além de preocupado, é onde elas podem cair. Porque, cá entre nós, mesmo você sabendo de onde elas vêm e por onde estão entrando, o que fazer para impedir sua entrada? Depois que estas bolas incandecentes, adentram a atmosfera da Terra, atingem velocidades altíssimas, além de estarem em alta temperatura, podendo vaporizar a área de impacto e fragmentando-se em milhares, senão milhões de pedaços, que sequer indicaria sua presença ou impacto. (Não adianta, ainda estou com a imagem daquele buraco, do prédio em São Bernardo do Campo - ABC, na mente). 

E como dizem:

Russos: "...Operação Céu Vigilante!" 
NASA: "...Ouvidos atentos nos cachorros!". 

"Grandes cachorros ... Mais uma vez a tecnologia perde para a inteligência e sensibilidade canina!"

Gério Ganimedes

Fonte: NASA
Leia a notícia em inglês AQUI 
Tradução e adaptação de texto: Gério Ganimedes
Direitos Reservados - Projeto Quartzo Azul©©

3 comentários:

  1. Não devemos nos preocupar com o que não está no nosso controle, Gério; Comparando o universo, nossa galáxia e nossa terra com um ônibus, só sabemos que não somos os motoristas. Abraço

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  2. Voces viram a esfera metálica que caiu no Maranhão...

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  3. no centro da cidade ontem tb um predio fez um buraco igual o predio de são bernardo fora isso uma bola caiu no maranhão

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