A Magnífica Comunicação das Espécies

Mel Gibson

   Nenhum ser vivo do nosso planeta, ou mesmo fora dele, foi gerado para viver sozinho. Ao longo de milhões de anos, as diferentes espécies, que habitam a Terra, encontraram formas de se comunicar para formarem grupos ou mesmo apenas pares, usando meios dos mais diversos para se comunicarem, sejam estes meios químicos (hormônios, enzimas, toxinas, etc.), sonoros ( a fala do homem, o canto dos pássaros, o canto das baleias, etc.),  mecânicos ( batidas com o bico dos pássaros, batidas no peito dos gorilas, danças, etc.) ou através da tecnologia humana (rádios, satélites, televisão, etc.). Existem outros meios sabidos por nós, mas estes ainda ficam entre acreditar e não acreditar, como a telepatia, a psicografia, as canalizações entre outras infinitas formas que ainda desconhecemos, de serem “transmitidas mensagens” entre espécies para um único propósito divino e maior, não ficarmos sozinhos e não interrompermos a natural evolução do universo e do equilíbrio dos seres que nele co-existem.

Denny Glover

     

Introduzi o assunto desta forma, para contar para vocês, uma experiência curiosa, que estou vivendo em meu ambiente em que “estou” neste mundo e que demonstra o quão inteligentes são as espécies de vida e que ajuda a provar que somos completos ignorantes diante da magnífica arte da comunicação e expressão da vida.  Aqui em casa temos dois gatos, um Siamês de 14 anos bege com cara, patas e rabo marrom e um gato comum preto como a noite, que adotamos com um mês de vida. O Siamês de nome “Mel Gibson”, já está velho e passa a maior parte do tempo dormindo, além da sua forte personalidade e teimosia, pouco anda interferindo no diário da casa, mas o mais novo, o “Denny Glover”, é terrível - destrói rolos de papel higiênico se o banheiro ficar aberto, come coisas de cima da mesa da cozinha, caso nós, os donos “patetas” esquecermos, mas assim mesmo, com todas as peripécias do pequenino de olhos amarelos, nós e as crianças adoramos o “sapeca”.

Ultimamente, o Denny anda miando demais, mas já passamos por isso com o Mel, pois são gatos machos e o mais novo está entrando na fase de machão e quer tirar o atraso sexual, sem termos uma gata para resolvermos o problema dele. Foi então que comecei a observar que as atitudes dele mudaram nos últimos dias. Andava sempre na janela da área de serviço, miava de uma forma diferente, parecia falar (gatos às vezes assustam! Parecem crianças murmurando palavras) com alguém. Ele saía da área de serviço e ia para o banheiro comum do apartamento, entrava no chuveiro, tirava a tampa do ralo e ali ficava miando esquisito, repetidas vezes. Então saía dali e corria pela casa encostando as orelhas nas paredes. “Muito estranho, já estava começando a ter medo do gato”. Comecei a observar mais de perto o estranho ritual felino, porque tem horas do dia que fica difícil até escrever para vocês. Numa análise detalhada dos passos do pequeno Denny, finalmente descobri o que estava causando a mudança de comportamento - ao observar sua postura na janela da área de serviço, fui até ele e olhei pela janela. Lá estava a grande “pequena” responsável pelas atitudes estranhas do pequeno felino. Uma gatinha branca com bege, sentada no descanso da janela do visinho do apartamento abaixo do nosso. Bem o motivo está explicado, mas porque ele ia ao banheiro e tirava a tampa do ralo e encostava as orelhas nas paredes da casa ainda era um enigma... um dia, durante o banho comecei a ouvir um miado que parecia vir do canto do banheiro. Saí para fora do chuveiro para ver se o um dos gatos da casa estava ali. Para minha surpresa e mistério não tinha nenhum gato. Os miados continuavam. Resolvi tentar descobrir de onde vinham e foi ai que percebi que os miados vinham pelo cano do ralo de escoamento da água do chuveiro. Estava ali a razão das jornadas diárias do Denny. Eles encontraram um meio de se comunicar pelos canos da tubulação de água. Tudo explicado e compreendido.

Queria contar para vocês este fato, pois isso prova que espécies de vida diferentes da nossa, sempre encontram uma forma de se comunicar, sejam quais forem, as dificuldades e os meios que os separam, bastando para isto ser vivo e “inteligente” dentro de seu próprio universo.

Dou-me o direito, por isso, de querer e poder acreditar que não estamos sozinhos no universo e entender porque muitos que já estão se comunicando com nossos irmãos do cosmos ou até mesmo, com outras espécies de vida, encontraram, assim como o Denny, um caminho ou meio para fazer isso, pela simples razão de unir, compartilhar, evoluir e reproduzir a vida por todos os universos e dimensões possíveis, pois este é o grande motivo de tudo.

Fiquem bem

Gério Ganimedes