Bolas de Gelo Que Caem do Céu Preocupam Cientistas.

Eles são os Megacryometeors.

Desde 2000 estas verdadeiras “bombas de gelo” trazem dúvidas aos cientistas de onde estariam vindo ou sendo formadas.

2003 – Barcelona, Espanha - uma equipe de cientistas espanhois e norte-americanos estão monitorando eventos, de um fenômeno de “gelo” nos Estados Unidos. O fenômeno está se tornado preocupante e foi detectado pela primeira vez.

Na verdade este grupo, não está prestando atenção para tempestades de gelo comum ou estradas escorregadias, mas incidentes envolvendo “megacryometeors”, grandes bolas de gelo que caem do céu em dias de sol e sem nenhuma formação de nuvem e a causa deste incrível e perigoso fenômeno, possivelmente sejam as mudanças climáticas e o consequente aquecimento global.

Jesus Martinez do centro de Astrobiologia de Madri disse em entrevista: “Não estou preocupado que um bloco de gelo possa cair na sua cabeça, mas estou preocupado que grandes blocos de gelo estão se formando onde não deveriam existir”.

No entanto, cabeças quase foram quebradas por “megacryometeors”, um termo cunhado de "mega", que significa "grande", "cryo" para "gelo" e "meteoro", os restos extraterrestres de rochas que riscam os céus penetrando através da nossa atmosfera.

Estas “bombas” de gelo chegam ter o tamanho de bolas de basquete e as análises mostram que muitas chegam a pesar 10 Kg. Uma que caiu no Brasil chegou a ultrapassar 200 Kg.

Estas “Bolas de gelo” já perfuraram telhados de casas, destruiram pára-brisas  de veículos e cruzaram cabeças de cidadões, que ingenuamente se achavam seguros de dentro da paz de suas residências. No inverno passado, um pedaço de gelo que testemunhas descreveram como “a metade do tamanho de um carro”, destruiu o telhado de uma concessionária de automóveis em Lawrenceville, na Geórgia. Incidentes como esses podem ser apenas o começo, de acordo com David Travis, que pesquisa as condições atmosféricas que colaboram para a formação dos “megacryometeor”. Ele preside o departamento de geografia e geologia na Universidade de Wisconsin.

“Se a formação de um megacryometeor está ligada ao aquecimento global, como suspeitamos, então é justo supor que esses eventos podem aumentar no futuro”, disse Travis.

Martinez Frias, foi pioneiro na pesquisa sobre os “megacryometeors” quando em janeiro de 2000, depois de pedaços de gelo com peso de até 3 Kg, “choveram” sobre a Espanha num céu limpido e sem nuvens, durante 10 dias.

Na primeira vez, os cientistas acreditavam que o fenômeno era único para a Espanha, mas eles têm acumulado fortes evidências de que os “megacryometeors” são um evento global - disse Travis.

Eles documentaram bolas de gelo caindo do céu, sem nuvens, em todos os lugares da China até os Estados Unidos da América e estudaram cerca de 20 eventos fora da Espanha.

Mais de 50 quedas foram confirmadas, e pesquisadores acreditam que essa é uma pequena fração do número real, já que a maioria pode cair em áreas desocupadas ou derreter antes da descoberta. Travis disse que parece haver um padrão sazonal de tais quedas, com a maioria ocorrendo em janeiro, fevereiro e março. “Estou esperando ansiosamente para ver o que vai acontecer neste inverno”, disse Travis. “Nós estaremos mantendo um mirante para observação, e nós queremos alertar as pessoas em todos os estados , para que estejam conscientes e informados sobre este tipo de fenômeno, e também para pedir nossa ajuda. Recomendamos testemunhas oculares, para preservar as amostras, em um "freezer" em caso de necessidade, e entrar em contato conosco”.

Pesquisadores em 2000, tiveram amostras, para analisar os incidentes, graças a atitude rápida das testemunhas que mantiveram o material no frio de seus congeladores.

As “bolas de gelo”, por exemplo, não são água de descarga de privadas de aviões, como alguns especialistas quiseram fazer acreditar, esta teoria já foi descartada, pela pequena quantidade de água acumulada no compartimento, além do que esta água quando liberada, se vaporiza quase que imediatamente ao sair, em caso de escape do compartimento, durante o vôo da aeronave.

Seriam pedaços de restos de um cometa?

Cometas, são compostos em parte, de gelo extraterrestre, mas os testes de laboratório mostraram que o gelo dos “megacryometeors” tiveram a sua assinatura química distinta, ou seja, gelo comum do granizo terrestre, o que deixa este “granizo monstro” formando em um céu sem nuvens, mais um desafio da época moderna, para a mente de cientistas, que realmente estão bastante preocupados com o fenômeno, que poderia se em grande quantidade causar uma catástrofe.

Uma das teorias é que, devido ao aquecimento global, o alto nível de vapor, na alta atmosfera, estaria se deslocando em grandes velocidades e se comunicando com o frio extremo do limite entre nossa atmosfera e o espaço, isto transportaria as rochas, que lentamente acumulando cristais de gelo, iriam aumentando de tamanho e peso até atingir um peso considerável e caindo em direção a terra. O que as mantem suspensas é alta turbulência da camada superior da atmosfera. 

O número de casos vem crescendo desde 2003 e a cada dia mais e mais casos são relatados. Este ano uma moradora dos EUA teve sua cozinha destruida por uma destas "bolas de gelo" - seu fogão de aço simplesmente parecia ter sido desintegrado pelo impacto.

Comentário do Autor

Mantenha seu copo, com um bom Whisky envelhecido, pois o gêlo, não se preocupe, logo cairá do céu. Só não vá perder a cabeça.

Gério Ganimedes

Fontes:

Discovery Channel

Seattlepi.com

Tradução, adaptação de texto e coletânea de Imagens: Gério Ganimedes

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