Nave Extraterrestre Próxima ao Sol?

Frame do vídeo - Ampliado na zona analisada

Análise do vídeo, que circula na internet, onde afirmam que uma suposta nave espacial extraterrestre aparece e utiliza-se de um recurso de "camuflagem".

Fonte: Youtube  

Crédito: siniXster

Neste vídeo divulgado pelo site SECCHI, uma estranha forma aparece logo após uma grande explosão solar. Muitos internautas estão afirmando que se trata de uma espaçonave extraterrestre que estaria se camuflando nas redondezas do sol.

Normalmente nestes casos, muitos leitores solicitam minha análise para uma conclusão mais apurada, então resolvi analisar com calma o vídeo e imagens em foco. Quero desde agora dizer que não sou e nunca serei a última palavra para nenhum tipo de análise conclusiva, mas utilizei-me de meus humildes conhecimentos digitais e ainda limitados recursos de equipamento para demonstrar minha teoria sobre o vídeo apresentado.

Análise

Dados que devemos saber

Imagens digitais costumam apresentar aberrações de pixels, que são os menores pontos de referencia da matriz dos sensores – Cmos ou CCDS (Dispositivo de Carga Acoplada ou CCD charge-coupled device), no entanto nestas imagens transmitidas pelas sondas que fazem a leitura do sol ainda temos, mais um agente causador de interferência, que é o espaço e a distância, que este sinal e o pacote de dados são transmitidos. Certamente em todas as transmissões, muitos de vocês já puderam observar em imagens anteriores, que estas falhas ou ausência de imagens acontecem normalmente. Muitas são tão grandes que deixam às vezes um frame ou fotograma digital com um pedaço faltando. Outro detalhe que deve ser exposto é que a luminosidade excessiva, incidindo sobre os sensores destas sondas, causa aberrações ópticas nas lentes dos sensores gerando distorções de imagens que podem atrapalhar na leitura e até mesmo na análise posterior das imagens. Arrasto de sombras e regiões de alto contraste, manchas escuras duplicando negativamente a imagem de alta intensidade luminosa e outros fenômenos ópticos que interferem na captação dos sensores e geram uma captação errônea da imagem real pelos pixels dos sensores acoplados a objetiva.

Observem nas imagens acima a linha divisória causada pelo reflexo do brilho da linha luminosa de Mercúrio - primeiro sinais de uma aberração reflexiva por excesso de brilho. Atrás de Mercúrio a sombra causada, por ele mesmo, numa espécie de efeito negativo pelo acumulo de luminosidade. A medida que a imagem avança, observem que a linha divisória causada pela reflexão acompanha a imagem em movimento, indicando reflexo e saturação na objetiva do sensor. Na imagem abaixo eu fiz marcações para vocês identificarem esta linha divisória da reflexão a que me refiro.

Observem nas imagens abaixo, ampliadas, que a suposta "NAVE" na verdade é o reflexo proporcional do brilho mais adjacente de Mercúrio, onde ampliei bastante para podermos fazer a comparação da quantidade e forma estrutural dos "pixels" da imagem.

1. Brilho de Mercúrio e o "filete" formado pela saturação de luz contra a lente;
2. Reflexo de Mercúrio no limite da borda de reflexo, como consequência de "Flare" na objetiva do sensor da sonda;
3. Sombra negra e efeito negativo da alta intensidade do brilho de Mercúrio;

Ponto de reflexo ampliado - Intensidade reduzida com distorção

Ponto luminoso de Mercúrio - Extrema intensidade Luminosa

Se compararmos as imagens acima, extremamente ampliadas, poderemos observar que na verdade se tratam do reflexo ou "Flare" gerado na lente da objetiva do sensor digital da sonda que capturou as imagens.

Quero deixar claro que, na minha análise, esta imagem nada mais é do que efeitos ópticos e distorções causadas por dispositivos digitais, que assim como nossos olhos são iludidos, pela óptica de lentes e efeitos espaciais. Todos os comentários e análises posteriores serão bem-vindos.

Fiquem bem

Colaboração: Emelee

Gério Ganimedes

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