sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Clima - Alterado e Destruidor

Formação de nuvens antes do furacão que atingiu
a grande Porto Alegre - Foto: Gério Ganimedes

Esta semana pude sentir na pele, o que há tempos já venho falando e alertando para o que acontece com nosso planeta e a consequente mudança climática. Um cenário verdadeiro, de um filme de terror e catástrofe, digno de um Oscar se montou bem diante dos meus olhos, observado através dos esquadros da janela de minha sala, com visão clara de Porto Alegre. O azul límpido contrastado pelo forte sol, numa atmosfera extremamente quente e abafada, logo deu lugar a uma súbita mudança, transformando o belo em horrendo em segundos. O dia ficou noite, nuvens altas e densas se formaram, raios diferentes dos normais circulavam e pipocavam no interior das nuvens, sem emitirem qualquer som.  Logo a seguir um vento com ruídos sinistros começou a cruzar aberturas e portas, como se entidades malignas adentrassem a casa, rugindo e sussurrando palavras como em uma antiga e desconhecida linguagem. Logo tudo estava tomado pelo vento que contornava com contraste e densidade os prédios e construções, chegando a atingir nos medidores 100 km/h. Misturado à chuva e ao céu negro, foram 20 minutos de pânico e tensão. Na rua as explosões dos transformadores, causadas pelo enlaces dos fios de alta tensão completavam em detalhes assustadores o cenário de uma destruição iminente. Telhas voando, telhados sendo arrancados com uma força avassaladora, muros de tijolos sendo deitados no chão nocauteados pela assombrosa força da natureza.  Carros nas ruas sendo destruídos por postes de concreto armado que quebravam como palitos de madeira fraquejados pela força do vento que não dava trégua. E assim como veio, foi embora deixando além dos destroços, o silêncio da perplexidade e um tremor no corpo, pelo pânico causado e a conseqüente adrenalina circulante.


 Tormenta se aproximando de Canoas / RS - Foto: Gério Ganimedes
Clarão no centro das nuvens - Raios silenciosos
Não há mais como se fazer cego ou surdo, diante do que acontece, pois a cada dia mais e mais localidades, por todo o planeta, enfrentam momentos de angústia e medo diante de uma natureza revoltada pelas feridas que a tornam doente chegando a salivar por uma febre de loucura e raiva. E isto ainda é pequeno diante do que enfrentaremos.


 Porto Alegre - Coberto pelo Manto Negro da Tempestade
Foto: Gério Ganimedes

 Porto Alegre - Coberto pelo Manto Negro da Tempestade
Raios sinistros no interior das nuvens 
Foto: Gério Ganimedes

Porto Alegre - No pós-tempestade o cenário parecia apocalíptico
Relâmpago esférico no centro das nuvens 
Foto: Gério Ganimedes

Porto Alegre - No pós-tempestade o cenário parecia apocalíptico
Relâmpagos esféricos no centro das nuvens 
Foto: Gério Ganimedes

Mas o homem continua sua caminhada doentia em direção a seu falso progresso. Continua perfurando o solo onde não deveria perfurar, continua queimando as florestas onde devia cuidar e plantar, continua sujando, matando e alterando a tudo e a todos. Sem falar de um aspecto, que muitos podem não terem se dado conta, mas que em estudo e analise da equipe do PQA, chegamos a uma conclusão seguida de um questionamento:

E o peso de concreto acumulado nas grandes cidades estaria afetando a estrutura da crosta terrestre? Temos uma teoria que diz sim. Vocês já imaginaram todo o peso de uma cidade? Digo peso porque para construir uma cidade tiramos material de outro lugar e concentramos tudo num só ponto, além do mais, perfuramos, batemos, compactamos, inundamos e chegamos ao ponto de secar lagos e desviar rios. Tudo para construir. Toneladas de material, aço, ferro, pedras, cimento, concreto, vidro e todos os carros que circulam pelas ruas, sem falar do peso da própria população que vive sobre as metrópoles? Porque o Japão está afundando no lodo? É fácil deduzir que uma ilha minúscula em proporções geográficas habitacionais com toneladas de entulho do progresso numa área geologicamente instável. Imaginem uma área onde as placas tectônicas não param de se ajustarem e moverem-se e que acima de tudo tem seu peso desarmonizado pelo excesso de peso concentrado. O que pode acontecer? Afundar. Estamos aprofundando o assunto e em uma próxima postagem entraremos em mais detalhes sobre esta nossa nova pesquisa.

Fiquem bem

Texto e Imagens: Gério Ganimedes
Direitos Reservados – Projeto Quartzo Azul©©

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