terça-feira, 9 de agosto de 2011

NASA prepara-se para Chuva de Meteoroides em 2011


1999 Tempestade Leonid vista de alta altitude.
Crédito: Shinsuke Abe and Hajime Yano, ISAS

Meteoroides são fragmentos de materiais que vagueiam pelo espaço e que, segundo a International Meteor Organization (Organização Internacional de Meteoros), possuem dimensões significativamente menores que um asteroide e significativamente maiores que um átomo ou molécula, distinguindo-nos dos asteroides - objetos maiores, ou da poeira interestelar - objetos micrométricos ou menores. Fonte: Wikipedia


A NASA está avaliando o risco, da chuva de meteoroides Draconídea que ocorrerá em 2011 e os efeitos que irão causar às naves espaciais. É uma tempestade ou chuva de pequenas rochas espaciais que pode durar por sete horas e tem potencial para danificar espaçonaves como a Estação Espacial Internacional (ISS), colocando em risco a tripulação da ISS e o telescópio espacial Hubble.

Segundo eles, esta é uma avaliação de risco e envolve mais arte do que ciência, pois tem havido variação nos níveis de intensidade projetados pelos meteorologistas espaciais, no entanto os operadores de naves espaciais já estão sendo notificados para pesar medidas defensivas.

Modelos atuais de previsão, prevêem uma forte chuva de predras Draconídeas e que esta chuva desabrochará na Terra em 8 de outubro de 2011, de acordo com William Cooke da Secretaria do Meio Ambiente e Meteoróides do Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama. As chuvas Draconídeas apresentam algum risco para naves espaciais, Cooke confirma. Elas podem se tornar, potencialmente perigosas e  o próximo evento mais significativo nas baixas órbitas terrestres.




Pequeno, mas o risco existe!
Um meteoro durante o pico da chuva de
meteoros Leonid 2009. Crédito de imagem: Navicore

As Draconídeas anuais não são conhecidos por suas exposições de meteoros brilhantes, disse Cooke. Taxas de intensidade previstas para 2011 abrangem uma ordem de magnitude, acrescentou, com taxa máxima Zenital por hora, ou ZHR, variando de algumas dezenas a várias centenas, vistas por um observador único. O Modelo de fluxo de meteoróides do “Marshall Space Flight Center” com base em radar e observações ópticas de chuvas Draconídeas do passado, sugere que a taxa máxima será de várias centenas por hora.

Então, por que a preocupação?


Cooke disse que uma fração significativa, de anomalias podem ser produzidas a uma espaçonave, por uma chuva de meteoróides, causadas através de  descargas eletrostáticas, quando os meteoróide atingem os satélites. Isenção de falhas elétricas do passado como em 1985 e 1998, quando ocorreram fortes chuvas de meteoróides não devem ser tomadas como base para que operadores de satélite ignorem medidas de segurança para a próxima chuva.

"Já estamos trabalhando com programas da NASA para lidar com o risco das naves espaciais", disse Cooke.

Um Membro a Parte

E a Estação Espacial Internacional? É fortemente blindada contra detritos orbitais. Sendo esse o caso, ”esperamos que nada de errado aconteça por lá”, disse Cooke.

No entanto, as Draconíades aparecerão acima do limbo da Terra, tornando-se um avistamento celestial espetacular para a tripulação da estação espacial.

”Eu não tenho preocupações com a estação espacial. Mesmo que as Draconíades sejam uma tempestade de meteoros em larga escala, estaria confiante de que o programa da estação espacial tomaria as medidas certas para reduzir o risco”, disse Cooke. “O passo mais radical seria a de reorientar a estação espacial, mas francamente, dados os níveis de fluxo, eu não acho que eles vão ter que fazer isso”, acrescentou. “Mas isso é com eles. Vou dar então os níveis de fluxo e eles vão tomar a decisão.” Uma medida que os funcionários da estação espacial poderiam tomar, acrescentou, é a “não” realização de caminhadas espaciais durante a chuva.

Para o Telescópio Espacial Hubble, se seus operadores considerarem o risco alto o suficiente, eles vão conduzir e apontar o observatório, para longe das Draconíades ao ponto de esperar a chuva passar. 

"Toda vez que você tomar uma estratégia de mitigação, como a mudança de atitude de uma nave espacial ou o desligamento de energia, incorre em risco também", disse Cooke.  Cada nave é única e os componentes têm diferentes níveis de estragos, portanto assim os programas são incentivados a realizar análises para determinar se ou não as estratégias de mitigação são necessárias para os seus veículos à frente de chuvas Draconíades, para o ano seguinte.


Fonte: Space.com

Leia a matéria em inglês AQUI
Tradução e adaptação de texto: Gério Ganimedes





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