Infiltrantes, Viajantes do Tempo ou Seres Intradimensionais?

Ilustração - Gério Ganimedes

Relato da Testemunha F.A.
 
Por Gério Ganimedes

Conheci uma pessoa numa empresa que trabalhei aqui em Porto Alegre, era uma mulher com seus quarenta anos, simpática, inteligente e recatada, uma ótima pessoa. Fizemos amizade, conversávamos muito, sobre vários assuntos. Numa de nossas conversas comentei sobre o estava escrevendo sobre coisas estranhas que aconteciam conosco e que muitas vezes passavam despercebidas aos olhos de outros. Ela pareceu-me interessada no assunto, pois durante a conversa interrompeu-me para contar um fato diferente que havia vivido.

Segundo ela, estava sentada em um bar tomando uma cerveja, já fazia algum tempo, quando se aproximou de sua mesa um homem bem vestido e que de forma educada, perguntou a ela se estava sozinha e se ele poderia sentar para conversar. Minha amiga não se incomodou e convidou o homem para sentar-se. O homem começou a falar coisas sem nenhum sentido. Pediu para o garçom do bar um copo d'agua e bebeu rapidamente como se estivesse com muita sede.

Continuou falando com ela, sobre seu problema de adaptação. Dizia não estar adaptado às condições de vida e que estava com muita sede. Ela apenas escutava o que o homem falava não entendendo a seqüência das frases. Logo um silêncio tomou conta da mesa. Podia ver que ele não estava bêbado e que seus olhos azuis transmitiam certa tranqüilidade.

O homem não se apresentara, e ela nem mesmo podia chamá-lo pelo nome.

Foi então que ele, como se tivesse lido os pensamentos dela, lhe disse:

- Tomasek. Por favor, pode me chamar de Tomasek.
 
Ela achou aquilo estranho e antes mesmo que ela dissesse seu nome ao homem ele disse a ela:

- Belo nome o seu. 

E repetiu o nome dela, como um vidente lendo sua mente. Minha amiga então ficou um pouco assustada, pois não havia articulado seu nome e nem mesmo o conhecia.

Tomasek começou a falar de forma pausada e tranqüila:

- Estou partindo porque tive problemas de adaptação, mas precisava falar com alguém, pois não gostaria de deixar esta atribuição imposta por meus superiores, pois estou gostado do ambiente e dos habitantes.

Também disse para ela que deveria partir em breve, pois sua presença não seria mais necessária.

Ela achou aquilo muito esquisito e já estava certa de que o homem tinha problemas mentais, pois, percebeu que a pele dele estava úmida, além de movimentar os dedos, como se estivesse comunicando-se pelas mãos com ela.

Na mente de minha amiga, chegavam palavras desconexas e quase sem sentido, mas percebeu que pareciam vir do homem. De acordo com ela, jamais esquecerá as palavras que Tomasek pronunciou. Frases sem sentido, palavras perdidas como, transporte, viagem, adaptação concluída, novo destino programado, portal da dimensão da luz.

O silêncio tomou conta da pequena mesa do bar e quando ela percebeu o homem levantara e desaparecera de sua frente como se nunca tivesse existido.
 
Percebi que ficou perturbada com a lembrança da experiência que viveu. Perguntei a ela se já havia comentado a mais alguém, sobre sua vivência, mas ela quis mudar de assunto e pareceu bastante agitada.

Penso estar acontecendo algo de muito estranho dentro de nossa sociedade, entretanto não me arrisco a concluir nada, mesmo diante de fatos bizarros. Achei interessante enviar meu testemunho, desta história curiosa, para quem sabe ajudar o Projeto Quartzo Azul em suas pesquisas.


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Edição e adaptação de texto: Gério Ganimedes
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