Alertas Ocultos nos Padrões da Natureza

  

... Até quando, vamos cegar nossa consciência, enganando a nós mesmos em nossos castelos de areia? 

Mais de cem baleias morreram encalhadas em uma 

praia isolada da Ilha Sul da Nova Zelândia - 21/02/2011

Foto crétito: AFP

   Até quando a sombra governamental, política e capitalista, vai escurecer a realidade dos fatos, deixando a maioria dos espectadores, apenas alimentados e divertidos, com programações circenses como, novelas, “realitys shows”, futebol e mulheres que se tornaram salada de frutas na televisão, jornais e revistas, para que esta platéia hipnotizada, não perceba o caos que avança diante de seus olhos. 

   Quando é que vamos ter, uma tomada de decisão por parte das estruturas políticas e institucionais que representam o povo, para expor, não de forma burocrática e técnica, mas rápida, organizada e eficiente, os rumos catastróficos, que nossa sociedade e meio ambiente, estão tomando. Nas ciências, que viraram “ocultas”, porque cientistas por dominarem a física e os pensamentos lógicos, pensam que isto, lhes dá o direito, de apenas revelar de suas descobertas, aquilo que, julgam ser necessário ao público saber. Onde Estão os resultados das reuniões da ONU, das infinitas organizações de direitos dos cidadãos, dos animais e da natureza. 

   O que estão resolvendo, tantas reuniões para tratar do clima, dos poluentes, do derretimento dos pólos e de energia nuclear se tudo, que é discutido e analisado, se apaga quando os telões e data shows com gráficos coloridos e tridimensionais, são desligados ou quando os microfones silenciam?  Do que adianta as redes de televisão, fazerem chamadas especiais, coberturas de eventos mundiais para discutir o caminho de destruição gradativa e iminente do planeta, se ao apagar dos refletores a escuridão também, esconde os resultados e os responsáveis por esta destruição que não respeita mais nenhuma fronteira? Restam os sinais. Sinais que a vida, o planeta, no seu mais primitivo instinto de sobrevivência, lança aos homens, com a esperança, que vejam, o quão doente está, moribunda em seu leito de morte. Sinais que são interpretados, selecionados, filtrados e ai então apresentados, para a platéia, feliz com o espetáculo apresentado no picadeiro sem sentir o cheiro de estrume que toma conta dos bastidores do maior espetáculo da Terra.

   Como não vejo esperança, nesta tomada de decisão destes, tantos, “ponto gov”, que se dizem preocupados com a vida e o planeta, estou fazendo deste espaço, o qual, já pertence a um grupo de pessoas, que estão como eu, acordadas e preocupadas com o que está acontecendo, por baixo de nossos pés e por cima de nossas cabeças, um lugar de exposição, concentração de idéias e divulgação, de uma categoria de notícia, que não encontra muitas vezes espaço, na mídia convencional, seja por ser ridicularizada, filtrada ou mesmo escondida por interesses próprios ou de outros que as sustentam.

   O Desequilíbrio

   Se fizermos um traçado histórico atual de mudanças comportamentais dos animais, sejam aquáticos ou terrestres, veremos que nos últimos 2 anos, muita coisa estranha vem ocorrendo no meio natural que parece estar criando um tipo de padrão, como uma chave para anunciar uma breve catástrofe. Animais possuem um sentido e uma percepção muito mais apurada que nós humanos. Muitos orientam toda sua existência através de campos magnéticos, outros pela temperatura da água, outros pela luz ou escuridão. Isto os faz sensores biológicos extremamente sensíveis que para manter a sua sobrevivência e de toda a sua espécie dependem destes dispositivos naturais e extraordinários. O que acontece então, quando o meio em que vivem, muda bruscamente ou os sinais vitais naturais, que são suas bússolas e radares se alteram? Eles se perdem, enlouquecem e até mesmo se matam. Este comportamento está se tornando um padrão. Este padrão está se transformando numa espécie de presságio para eventos futuros,  fundamentados em notícias e fatos reais.

Padrões Naturais

Para facilitar a compreensão chamaremos de Sinais, o comportamento anômalo dos animais e eventos a chave do padrão.

Sinais

21/02/2011 - Mais de cem baleias morreram encalhadas em uma praia isolada da Ilha Sul da Nova Zelândia. Ainda não está claro porque as baleias-piloto encalharam na praia neozelandesa. Esses mamíferos podem atingir até 8,5 m e são encontrados em oceanos do mundo todo. (Notícia - AFP)

Eventos

22/02/2011- Terremoto na Nova Zelândia mata ao menos 65, diz primeiro-ministro. Número não é definitivo e pode aumentar, afirma o premiê John Key. Terremoto de magnitude 6,3 atingiu Christchurch, ao sul do país.

Sinais

10/02/2009 - Cientistas tentam entender porque centenas de golfinhos estão à deriva perto da entrada da Baía de Manila, nas Filipinas. Cerca de 500 animais estão nadando em águas muito rasas, que em alguns pontos chegam a pouco mais de meio metro de profundidade. (BBC)

Eventos

12/02/2009 - Terremoto de 7,2 graus deixa 42 feridos na Indonésia. Tremor é registrado próximo às Filipinas a 20 km de profundidade; mais de 500 prédios foram danificados. JACARTA - Pelo menos 42 pessoas ficaram feridas e centenas de casas e edifícios foram destruídos depois que um forte terremoto atingiu a ilha indonésia de Sulawesi, próximo às Filipinas. O tremor de 7,2 graus na escala Richter atingiu o mar à 1h34, hora local (15h34 de Brasília), levando a agência de geofísica da Indonésia a emitir um alerta de tsunami, que depois foi revogado.


   Além destes casos, temos outras dezenas, que se fossemos, enumerar e relatar aqui, ocuparíamos, todo espaço do blog. Queremos mostrar com isso, é que, está claro, que os animais, seja qual o tipo de percepção extra-sensorial, que possuem, são afetados diretamente, ao ponto de agirem, numa euforia suicida para proteger ou até mesmo condenar a espécie.  E não só isto. Outros animais, também sensíveis, apresentam comportamento anômalo quando detectam, determinados elementos químicos presentes no meio ambiente e liberados em determinadas circunstâncias.

NOTÍCIA PUBLICADA NA BBC BRASIL – DIA 04 DE ABRIL DE 2010

Estudo sugere que sapos podem prever terremotos

Matt Walker

BBC Earth News

   Os sapos costumam perceber que estão em perigo.

   Um estudo britânico sugere que os sapos são capazes de perceber a aproximação de um terremoto e fugir de seu habitat poucos dias antes de um tremor. A pesquisa, publicada na edição desta semana da revista científica Journal of Zoology, foi realizada antes, durante e depois do sismo de 6,3 graus de magnitude que atingiu a cidade italiana de Áquila em 6 de abril de 2009. A bióloga Rachel Grant, da Open University, na Inglaterra, estava observando diariamente o comportamento de várias colônias de sapos no lago de San Ruffino, a 74 quilômetros do epicentro do terremoto, quando o tremor atingiu a região. Durante suas observações, iniciadas 29 dias antes do sismo, a bióloga percebeu um comportamento estranho na colônia. Cinco dias antes do terremoto, o número de machos na colônia que estava em processo de procriação diminuiu 96%. Segundo o estudo, esse tipo de comportamento é muito incomum para os machos, já que depois do acasalamento normalmente eles permanecem na área de procriação até o fim da desova. Mas a desova mal tinha começado no lago de San Ruffino quando a terra tremeu. Grant observou também que três dias antes do terremoto, o número de pares em processo de acasalamento caiu para zero repentinamente. Além do repentino desaparecimento dos sapos, o estudo ainda verificou que não houve desova na colônia nos seis dias que antecederam o sismo e nos seis dias posteriores ao tremor em Áquila.   

   “Nosso estudo é um dos primeiros a registrar o comportamento animal antes, durante e depois de um terremoto”, afirmou Grant. A bióloga acredita que os sapos tenham escapado para locais mais altos, provavelmente onde correriam menos risco de serem atingidos por desmoronamentos e enchentes.

   Perceber o perigo

   Apesar de identificar o comportamento dos sapos no ciclo do terremoto, o estudo não esclarece com precisão o mecanismo que permitiria aos anfíbios perceber a chegada de uma atividade sísmica.  A pesquisa afirma que a mudança no comportamento dos sapos coincidiu com problemas detectados na ionosfera – a mais alta camada eletromagnética da atmosfera terrestre. Cientistas já haviam relacionado essas mudanças na atmosfera à emissão do gás radônio, ou ondas gravitacionais, antes de um terremoto. No caso do tremor em Áquila, Grant não soube determinar o que teria causado as mudanças na ionosfera. Mas, segundo ela, os resultados da pesquisa sugerem que os sapos são capazes de detectar alguma alteração antes dos sismos.

   “Nossas descobertas sugerem que os sapos são capazes de detectar pistas pré-sísmicas como a emissão de gases e partículas carregadas, e usar essas pistas como uma forma de sistema de alerta precoce de terremotos”, afirmou a bióloga. É difícil realizar trabalhos científicos para apurar como os animais respondem a atividades sismológicas, em parte porque terremotos são raros e imprevisíveis. Alguns estudos se concentraram no comportamento de animais domésticos, mas é mais difícil avaliar a resposta de animais selvagens. Além disso, o prazo para se avaliar uma reação também pode ser muito curto. Peixes, roedores e cobras tendem a mudar de comportamento muito pouco tempo antes de um terremoto.

   Texto, montagem e adaptação: Gério Ganimedes

   Colaboração: Abreu 

    Agradecimentos do Projeto Quartzo Azul, a seu pesquisador incansável, Abreu, por mais esta importante contribuição.

   Gério Ganimedes