domingo, 4 de setembro de 2011

Cometa Elenin – Novos Dados

Crédito: Leonid Elenin


Extraido do Portal spaceobs.org Por Leonid Elenin


Como muitos leitores já sabem, o Cometa Elenin iniciou o processo irreversível de ruptura. Falamos anteriormente sobre a probabilidade de tal resultado, mas eu considerava menos de 50%. No gráfico acima, você pode ver uma seleção de dez cometas que se aproximam do Sol a menos de 0,5 UA (unidades astronômicas) . A linha vermelha mostra a fronteira, à esquerda do que, derivado da fórmula de J. Bortle's, é a zona segura, mas a direita é a zona de desintegração. A cor amarela mostra o Cometa Elenin, com magnitude absoluta obtida por observações visuais  e o azul são dados do JPL da NASA. Como vemos, a fórmula Bortle, de todo, não funciona muito mal. Embora haja uma exceção brilhante - o triângulo verde pertence à um único cometa o 96P/Machholtz, sobre o qual falarei na próxima vez.

Agora está absolutamente claro, que a diminuição do brilho do cometa, observado pela primeira vez por Michael Mattiazzo, em 20 de agosto de 2011, não foi mera coincidência - o processo de decadência já havia começado e ao longo dos dias seguintes, o cometa mudou muito. Seu pseudo-núcleo tornou-se difuso e estendido e depois desapareceu completamente. Em imagens a partir de 01 de setembro, do coma do cometa, não havia vestígios de condensação e isso significa que o cometa já tinha se quebrado em pedaços bem pequenos, com um tamanho máximo, de não mais, que uma centena de metros.

Tal rompimento, para pequenos cometas que passam perto do Sol, não é raro e não é nada surpreendente. Faço notar que esta é uma ruptura, não uma explosão. Todas as peças continuam a mover-se sobre a trajetória do cometa. Os fragmentos grandes, é provável, que continuem a se desintegrar em pequenos. É possível que em outubro, quando o cometa estiver se movendo no céu da manhã, nós já não sereremos capaz de ver o que uma vez, foi o cometa Elenin. É possível que alguma coisa seja visível para grandes telescópios terrestres. A ruptura de um cometa, de longo período, razoavelmente perto da Terra (em uma escala do Sistema Solar), é um evento bastante raro. Durante esse rompimento, podemos ver o interior do cometa para melhor compreender sua construção e composição.

No geral, cientificamente, a coisa mais interessante, é o cenário da ruptura, mas infelizmente agora o cometa não é visível para os maiores telescópios ou mesmo o telescópio espacial Hubble por causa de sua estreita distância angular em relação ao Sol (elongação pequena). Por outro lado, os astrônomos amadores, que aguardaram este cometa, que podia ter sido visível a olho nu, agora não o verão, pelo menos, visualmente em seus telescópios e binóculos.

Vamos esperar por 23 de setembro, quando o cometa deve aparecer no campo de visão do coronógrafo espacial da SOHO. Qualquer resultado, vai nos dizer, o que podemos esperar no início de outubro, quando o cometa mais uma vez deve aparecer no céu antes do amanhecer. Vamos esperar. O final desta história está perto ...


Leonid Elenin


Fonte: spaceobs.org
Crédito: Leonid Elenin - Todos os direitos reservados
Tradução: Gério Ganimedes






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