domingo, 11 de setembro de 2011

Segredos do Gigante Júpiter Continuam Sendo Desvendados


Esta visão de Júpiter foi obtida pela Voyager 1.
A Grande Mancha Vermelha pode ser vista,
  claramente, na parte superior direita da imagem. Crédito: NASA

Telescópios da NASA desvendam o segredo de uma tempestade, que já dura em torno de 350 anos, dentro da Grande Mancha Vermelha de Júpiter.

Cientistas estão mais perto do que nunca para a compreensão da tempestade gigante e extraordinária sobre Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Os cientistas da Nasa foram capazes de obter uma visão detalhada dentro da maior tempestade planetária em nosso sistema solar, a Grande Mancha Vermelha de Júpiter, que tem se alastrado entre 200 e 350 anos.

Usando imagens térmicas recolhidas, a partir de telescópios terrestres, o Laboratório de Jato Propulsão da NASA, foi capaz de extrair novas informações sobre a estrutura da tempestade, relata o website Galaxy Daily”.

Este é o nosso primeiro olhar detalhado dentro da maior tempestade do sistema solar”, disse Glenn Orton, cientista de pesquisa sênior do JPL da NASA, na Califórnia, que foi um dos autores do documento.

"Certa vez, pensei que a Grande Mancha Vermelha fosse uma estrutura simples oval e lisa, sem muitos detalhes, mas esses novos resultados mostram, que de fato, é uma estrutura extremamente complicada”.

As imagens vieram de Telescópio (Very Large Telescope) Europeu, localizado no sul do Chile, do telescópio do Observatório Gemini, também no Chile e do telescópio Saburu no Observatório Astronômico Nacional do Japão, no Havaí.

Júpiter é o maior planeta do nosso sistema solar, com dezenas de luas e um enorme campo magnético. Esta é uma das descobertas que estimulam a maioria dos cientistas.  A análise da mancha, com uma intensa parte laranja-vermelho no centro, determina que é de cerca de [-15°C a -13,8°C] mais quentes que o ambiente em torno dela. Esta pequena diferença de temperatura pode não ser enorme, mas é o suficiente para permitir que uma tempestade, geralmente anti-horária, crie uma mudança para uma circulação fraca no sentido horário bem no meio da tempestade. Não só isso, mas em outras partes de Júpiter, a mudança de temperatura é suficiente para alterar a velocidade do vento e afetar os padrões de nuvens nas faixas e zonas.

Esta é a primeira vez podemos dizer que uma ligação íntima entre condições ambientais - temperatura, ventos, pressão e composição e a cor real da Grande Mancha Vermelha”, disse Leigh Fletcher.

Fletcher é o autor principal do artigo, que completou grande parte da pesquisa como um pós-doutorado no JPL e é atualmente um companheiro da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Embora nós podemos especular, nós ainda não sabemos com certeza quais os produtos químicos ou processos que estão causando a profunda cor vermelha, mas sabemos agora que está relacionada às mudanças nas condições ambientais, mesmo no coração da tempestade”.

Observadores do céu têm vindo a observar a Grande Mancha Vermelha de uma forma ou outra por centenas de anos, com observações contínuas de sua forma atual, remonta ao século 19.

A mancha, que é uma região fria média de cerca de [-162°C] é tão grande, que caberiam cerca de três planetas Terra, dentro de seus limites.

Crédito: NASA – Sonda Cassini
 

Atmosfera de Júpiter tem um padrão em zig-zag, de 12 correntes de jatos ou fluxo de ar, que compõem a sua assinatura, com bandas em tons pastel. A Terra, em comparação, tem apenas duas correntes de jato.

A Grande Mancha Vermelha fica prensada entre dois desses “fluxos de jatos”, forçando os ventos, o que pode fazer com que os ventos do perímetro desviem ao redor do local.

Fonte: Daily Mail – UK
Leia a notícia em inglês AQUI
Tradução e adaptação de texto e medidas: Gério Ganimedes


Comentário do Autor

Uma mancha na superfície do planeta, é suficientemente grande, para englobar três planetas Terra. Isto nos faz pensar que se existem algo vivo por lá, qual seria seu tamanho em relação as dimensões do planeta. E se cálculos apresentados, para o tamanho, do mítico planeta Nibiru, forem reais? Este planeta seria, segundo "teorias e lendas", quatro vezes o tamanho de Júpiter. Então nasce a pergunta: Seriam estes seres, gigantes para as proporções de nosso pequeno planeta? Não sei, mas se todo mecanismo cósmico, manter padrões, podemos quem sabe dizer: “Mundos grandes, grandes civilizações ...”

Gério Ganimedes

Um comentário:

  1. Fantástica esa primeira foto, que mostra que as areas de encontro entre dois fluxos é exatamente como o encontro das águas do amazonas e o negro, e o mais impressionante é que por essa foto, se ve claramente que essa atmosfera líquida é bem gorda pois existem diferentes tons demonstrando diferentes densidades e diferentes proporções dos elementos ou substâncias envolvidas.
    Fica claro que são líquidos com diferentes densidades e que não necessariamente são muito diferentes, pois em tal pressão qualquer meio proton a mais ou a menos faz a diferença.

    Os jupiterianos poderiam ter guelras e nadadeiras, mas devido a pressão insana.
    Esses seres podem ser de eletricidade, é muito mais econômica a manutenção de vida em uma forma bem etérea em tal ambiente. Ou quem sabe são tão flúidos quanto o biôma deles, ou seja são líquidos, se adaptando a todas as possibilidades de torções, pressões ou outra força que atue em flúidos.

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